terça-feira, 16 de junho de 2009

CUT investe cerca de R$ 80 mil em CPI para fazer baderna

A seção gaúcha da CUT (Central Única dos Trabalhadores) financiou comerciais de TV e rádio defendendo a abertura de CPI para investigar supostos atos de corrupção no governo de Yeda Crusius (PSDB). Nos comerciais, pessoas aparecem sendo entrevistadas e afirmam que os deputados devem investigar as supostas irregularidades e abrir a CPI. Os comerciais de TV foram veiculados entre sexta e domingo, mas as inserções no rádio continuam. Segundo a CUT, a campanha custou R$ 80 mil. Partidos de oposição (PT, PDT, DEM, PSB e PC do B) tentam desde o mês passado instalar uma CPI na Assembleia para apurar denúncias de que a casa onde mora a governadora teria sido comprada com caixa dois da campanha de 2006.
Yeda nega irregularidades e diz que já foi inocentada por investigação do Ministério Público Estadual. Até agora 17 deputados dos 55 deputados da Assembleia do RS assinaram o requerimento. Para instalar CPI são necessárias 19 assinaturas. O governo tucano e os sindicatos têm uma relação de constante tensão no RS. Sindicalistas se opõem à proposta de Yeda de reformular os planos de carreira do funcionalismo e este ano as entidades que reúnem servidores já fizeram campanhas e protestos acusando o governo de corrupção. O presidente da CUT-RS, Celso Woyciechowski, disse que o objetivo da nova campanha publicitária é "sensibilizar" os deputados a aderirem ao requerimento. Segundo ele, os depoimentos que aparecem nas propagandas foram obtidos "espontânea e aleatoriamente" nas ruas de Porto Alegre. "A pior situação de todas é a dúvida e nós acreditamos que a CPI pode ajudar a acabar com essas interrogações", disse Woyciechowski. Os governistas afirmam que a oposição não tem fatos e que tem "interesses eleitoreiros" na abertura da CPI. "Essa CPI não sai porque não tem fatos, é política. A oposição quer criar tumulto e não deixar que as ações do governo tenham visibilidade", diz a presidente do PSDB-RS, deputada Zilá Breitenbach. A parlamentar afirma que a maioria dos trabalhadores representados pelos sindicatos não concorda com a oposição feita pelos dirigentes sindicais.
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