quinta-feira, 11 de junho de 2009

OMS eleva alerta para gripe suína ao nível mais alto

A Organização Mundial de Saúde (OMS) informou aos seus membros que está elevando o alerta para a gripe suína para o seu nível mais elevado nesta quinta-feira (11). Até quarta (10), o nível estava na fase 5, em uma escala que vai até 6. O anúncio torna o novo vírus H1N1 o primeiro a causar uma pandemia de gripe em mais de 40 anos. De acordo com o balanço mais recente da organização, há 27.737 pacientes infectados em 74 países, com 141 mortes confirmadas.A elevação provocará a aplicação de amplas medidas de saúde nos 193 Estados membros da OMS, enquanto as autoridades enfrentam a expansão no mundo todo do vírus, que até agora tem causado principalmente sintomas leves nos pacientes.Ela reflete o fato de que a doença, comumente conhecida como gripe suína, está se espalhando geograficamente, mas não necessariamente indica o quão perigosa é."A fase 6, se nós mudarmos para a fase 6, não significa nada relativo à gravidade, é relativo à expansão geográfica... Pandêmico significa global, mas não há qualquer conotação de gravidade ou suavidade", disse o porta-voz da OMS, Gregory Hartl."Na verdade, o que estamos vendo com este vírus até agora é predominantemente uma doença leve. Então nós poderemos pensar que este acontecimento é realmente um evento moderado para o momento, porque os números são altos, mas a doença é predominantemente suave", ele disse à televisão da Reuters antes da reunião.PrevençãoDavid Heymann, uma ex-autoridade importante da OMS, agora empossado na agência britânica de Proteção Sanitária, disse que os países tentaram conter o vírus por meio de medidas como o fechamento de escolas durante a fase 5. Isso estendeu o tempo necessário para se preparar para um estágio de pandemia."Durante a fase 5, o governo e as pessoas no Reino Unido tiveram tempo para se preparar para uma pandemia - isto, felizmente, reduziu qualquer surpresa e preocupação que poderia estar associada com uma declaração da OMS para a fase 6, se for feita", ele disse à Reuters. Enquanto se espalha entre humanos, a ciência não pode prognosticar que curso o vírus tomará, a doença que causa e a faixa etária dos infectados, disse Heymann. "A gravidade da doença, a efetividade de drogas antivirais e a estabilidade do vírus precisam ser todas observadas de perto", acrescentou.Uma pandemia poderá causar um enorme rompimento aos negócios, enquanto trabalhadores ficam em casa, porque estão doentes ou cuidando de familiares, e as autoridades limitam a reunião de muitas pessoas.
De acordo com a ministra interina da Saúde, Márcia Bassit, a situação não muda "em absolutamente nada" os procedimentos adotados pelo governo brasileiro para vigilância, diagnóstico e tratamento da doença. Segundo ela, o país se antecipou a todas as medidas recomendadas pela OMS e a transmissão permanece "limitada e sem sustentabilidade" no território brasileiro. Bassit afirmou que a letalidade da doença é de 0,5%, índice considerado muito baixo pela OMS.
* Com informações de http://www.abril.com.br/noticias

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