O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) anunciou nesta quarta-feira a quarta redução consecutiva na taxa básica de juros. O corte foi novamente de 1 ponto percentual, o mesmo realizada na reunião anterior, o que levou a taxa Selic de 10,25% ao ano para 9,25% ao ano, abaixo das previsões do mercado. O placar foi de seis votos pela queda de 1 ponto e dois votos pela queda de 0,75. Desde o final de 2003, no início do governo Lula, o BC não promovia uma sequência de cortes de juros dessa magnitude. E pela primeira vez, desde a criação do Copom (1996), os juros no Brasil caem abaixo dos dois dígitos. Com isso, o juro real (taxa de juros nominal menos a inflação) fica entre 4% e 5% ao ano. "Levando em conta que mudanças da taxa básica de juros têm efeito sobre a atividade econômica e sobre a dinâmica inflacionária que se acumulam ao longo do tempo, o Comitê concorda que qualquer flexibilização monetária adicional deverá ser implementada de maneira mais parcimoniosa. O Copom acompanhará atentamente a evolução do cenário prospectivo para a inflação até a sua próxima reunião, para então definir os próximos passos da estratégia de política monetária", informou o comitê em nota. Além de manter a trajetória de queda, o Copom continuou o ritmo dos cortes. Em janeiro, a Selic foi de 13,75% para 12,75% (1 ponto). Em março, o BC acelerou a redução, e a taxa caiu para 11,25% (1,5 ponto). No final de abril, porém, o corte foi menor, para 10,25% ao ano (1 ponto). No mercado financeiro, a aposta era de um corte de 0,75 ponto percentual. Desde a última reunião, o BC vem indicando que iria dar continuidade ao processo de redução da taxa Selic, devido ao agravamento da crise econômica. Com leve sinais de melhora, porém, a expectativa era de que as reduções desacelerariam. Agora, os diretores do BC só voltam a se reunir nos dias 21 e 22 de julho, quando deve haver um novo corte. De acordo com a pesquisa Focus, realizada pelo BC com o mercado financeiro, os economistas esperam queda para 9% --mesma previsão para o encerramento da Selic de 2009.
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