Ao fazer nesta sexta-feira discurso no plenário em defesa do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o senador Wellington Salgado (PMDB-MG) recorreu à teledramaturgia para explicar a crise política que atinge a instituição. Irritado com as frequentes críticas por ser suplente e aliado de Sarney, Salgado disse que não quer ser um "dalit" do Senado --em referência aos integrantes da casta indiana inferior representada na novela "Caminho das Índias", da TV Globo.
"Penso que, aqui, criaram aquelas castas, segundo a novela. O suplente é um dalit, não é? Sou um dalit, um intocável, suplente é um dalit. É o pior na escala. Só que meu voto é igual ao outro. Há aquele que se acha da casta mais alta. Como é o nome da casta mais alta na Índia? É o brâmane. Mas meu votinho de dalit é igual ao do brâmane na hora de apertar o botãozinho [do painel do Senado]", afirmou.
Na semana passada, Salgado bateu boca com o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) depois que o tucano disse que, como suplente, o peemedebista não tinha autoridade para criticar os colegas que defendem a moralização do Senado. Na ocasião, Tasso disse que "aqueles que nunca participaram de uma eleição, pensem três vezes antes de pensar sobre a opinião pública".
Salgado é suplente do ministro Hélio Costa (Comunicações), que deixou o Senado para assumir o cargo no primeiro escalão do governo --o que permitiu que chegasse ao Senado indiretamente, sem votação popular. O peemedebista afirmou que a responsabilidade pela crise no Senado também é dos suplentes, mesmo que não corram o risco de perder o mandato.
Salgado também negou ter usado atos secretos para nomear pessoas de sua confiança na Casa. "O senador Wellington, que representa Minas Gerais e que se senta na cadeira que um dia foi de Tancredo Neves, não tem ato secreto, embora muitos achem que, tendo um ato secreto, você vira um brâmane", ironizou.
Na semana passada, Salgado bateu boca com o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) depois que o tucano disse que, como suplente, o peemedebista não tinha autoridade para criticar os colegas que defendem a moralização do Senado. Na ocasião, Tasso disse que "aqueles que nunca participaram de uma eleição, pensem três vezes antes de pensar sobre a opinião pública".
Salgado é suplente do ministro Hélio Costa (Comunicações), que deixou o Senado para assumir o cargo no primeiro escalão do governo --o que permitiu que chegasse ao Senado indiretamente, sem votação popular. O peemedebista afirmou que a responsabilidade pela crise no Senado também é dos suplentes, mesmo que não corram o risco de perder o mandato.
Salgado também negou ter usado atos secretos para nomear pessoas de sua confiança na Casa. "O senador Wellington, que representa Minas Gerais e que se senta na cadeira que um dia foi de Tancredo Neves, não tem ato secreto, embora muitos achem que, tendo um ato secreto, você vira um brâmane", ironizou.
Salgado é conhecido no Senado por integrar a chamada "tropa de choque" do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) no período em que o parlamentar respondeu a uma série de processos no Conselho de Ética --o que resultou na sua renúncia à presidência da Casa. Agora, Salgado também se tornou um dos mais ardorosos defensores de Sarney, com discursos que condenam as críticas ao presidente do Senado.
Leia mais em http://www1.folha.uol.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário