Vice de Serra prega contra prévias; Aécio bate o pé

Quando um quer, dois brigam. Quando dois querem, aí mesmo é que o pau come.
Veja-se o drama do PSDB, esse partido de amigos integralmente composto de inimigos.
Dispõe de dois presidenciáveis. Um é favorito nas pesquisas. Outro é o segundo colocado.
Sérgio Guerra, presidente da legenda, esteve com ambos nas últimas semanas.
Primeiro com Aécio Neves, em Minas. Depois com José Serra, em São Paulo.
Deliberou-se que, não havendo acordo, o partido iria às prévias. Ótimo.
Há luz no fim do túnel tucano, imaginaram todos. Engano. Não há nem túnel. O grãotucano Alberto Goldman, vice de Serra em São Paulo, ditou um ruído ao vento.
Disse que é “perigosa” a idéia de escolher um candidato por meio de prévias. “Reunir todos os filiados é muito difícil”, justitica-se Goldman, em timbre vago.
Sem mencionar nomes, Aécio soltou os cachorros. Quer porque quer as prévias.
Acha que passou o tempo da unidade partidária “forjada por meia dúzia de lideranças”.
Se Deus intimasse um tucano a optar entre o bom senso e o interesse pessoal, a resposta seria fulminante:
“Morra o bom senso!”