Lula faz campanha política. Nós pagamos a conta.
A cidade de Salgueiro respirou uma atmosfera de campanha eleitoral nesta quinta (12).Os alunos da rede pública de ensino foram dispensados. Em vez de assistir às aulas, testemunharam um comício travestido de solenidade oficial.
Armou-se o palanque num local de nome sugestivo: “Estação do Forró”. Ali, com Dilma a tiracolo, Lula inaugurou o nada.
Ou, por outra, o presidente inaugurou uma “ordem de serviço” para o início da segunda fase da ferrovia Transnordestina. A platéia, estimada pela PM em 6.000 pessoas, foi atraída por Lula. Um chamariz que, em Pernambuco, desfruta de índices de popularidade que roçam os 90%.
Mas a estrela do dia era Dilma Rousseff, que, no momento, divide-se entre dois papéis: o de gestora do PAC e o de pré-candidata à sucessão do chefe. A comitiva de Brasília incluía, além da de Lula, oito ministros.
Alfredo Nascimento, ministro dos trnsportes, referiu-se a Dilma como "a principal responsável” pela Transnordestina. Geddel enalteceu os pendores maternais da ministra-candidata.
Cotado para vice de Dilma, o peemedebista Geddel disse que a colega trata as obras do PAC –a Transnordestina entre elas—como “uma mãe que acalenta um filho”. Com toda esta retórica, não chegaram a empolgar a platéia.
A candidata de Lula foi efusivamente aplaudida. Sobretudo no momento em que pintou a Transnordestina com as cores da política.
Dilma disse que, tomada por “critérios finaceiros e mercadológicos”, a ferrovia não teria saído do papel.“Mas o presidente Lula”, disse ela, “tem compromisso com o povo brasileiro e especialmente com o povo do Nordeste”.
Depois de Dilma, Lula foi ao microfone. Após inaugurar o nada, Lula prometeu ao povo de Salgueiro que voltará em abril, dessa vez para inspecionar um vir a ser: as obras da transposição do São Francisco.
O presidente posou para o fotógrafo oficial do Planalto, Ricardo Stuckert (veja lá no alto), a bordo de uma máquina.
Compunham a foto: Dilma; o presidente da Cia. Siderúrgica Nacional, Benjamim Steninbruch; e três governadores: Eduardo Campos (PE), Wellington Dias (PI) e Cid Gomes (CE).
De Salgueiro, Lula, Dilma e o resto da comitiva seguiram, de helicóptero, às expensas do erário ( ou seja, do nosso bolso ), para o município de Escada, na zona da mata de Pernambuco.
Sobrevoaram a BR-101, que está sendo duplicada, um trecho que mede 28,5 km ainda em fase de terraplanagem.
A despeito de inconcluso, o empreendimento de Escada, dessa vez, coube a Marcos Crispim, superintendente do DNIT em Pernambuco, adular a “mãe” do PAC. Ele realçou o “carinho” que Dilma dedica ao programa.
Quando o microfone lhe chegou às mãos, a ministra-candidata falou do futuro: "Essa obra vai ajudar tanto aos turistas quanto vai auxiliar a escoar a produção”.
Lula também discursou. Tratou a crise financeira como um problema alheio -"Tô rezando mais pelo Obama do que por mim". Repisou a promessa de financiar um milhão de casas até 2010.
Por uma dessas ironias da política, Lula abriu a “operação-mostra-Dilma” no Estado de Sérgio Guerra, o senador que responde pela presidência do PSDB.
Guerra diz que Lula faz campanha eleitoral antecipada com dinheiro público. Afirma que, a pretexto de inagurar “coisa nenhuma”, o presidente afronta as leis.
Nesta quinta (12), o PSDB de Guerra e o DEM, parceiro de oposição do tucanato, decidiram questionar os métodos do governo no TSE.
Repete-se agora uma estratégia que a oposição já havia adotado na campanha presidencial de 2006, quando Lula surrou o tucano Geraldo Alckmin nas urnas.
Em resposta às ações judiciais de tucanos e ‘demos’, o Planalto vai utilizar a mesma justificativa de outrora: Lula não faz campanha. Apenas governa. Alheio aos arroubos dos adversários, Lula exibirá sua candidata em mais dois Estados do Nordeste.
Nesta sexta-feira 13, depois de se desvencilhar de um resto de agenda na cidade do Recife, Lula acompanhará Dilma nos Estados do Rio Grande do Norte e de Sergipe.
O ano de 2009, como se vê, começa com um indisfarçável sabor de 2010.
Armou-se o palanque num local de nome sugestivo: “Estação do Forró”. Ali, com Dilma a tiracolo, Lula inaugurou o nada.
Ou, por outra, o presidente inaugurou uma “ordem de serviço” para o início da segunda fase da ferrovia Transnordestina. A platéia, estimada pela PM em 6.000 pessoas, foi atraída por Lula. Um chamariz que, em Pernambuco, desfruta de índices de popularidade que roçam os 90%.
Mas a estrela do dia era Dilma Rousseff, que, no momento, divide-se entre dois papéis: o de gestora do PAC e o de pré-candidata à sucessão do chefe. A comitiva de Brasília incluía, além da de Lula, oito ministros.
Alfredo Nascimento, ministro dos trnsportes, referiu-se a Dilma como "a principal responsável” pela Transnordestina. Geddel enalteceu os pendores maternais da ministra-candidata.
Cotado para vice de Dilma, o peemedebista Geddel disse que a colega trata as obras do PAC –a Transnordestina entre elas—como “uma mãe que acalenta um filho”. Com toda esta retórica, não chegaram a empolgar a platéia.
A candidata de Lula foi efusivamente aplaudida. Sobretudo no momento em que pintou a Transnordestina com as cores da política.
Dilma disse que, tomada por “critérios finaceiros e mercadológicos”, a ferrovia não teria saído do papel.“Mas o presidente Lula”, disse ela, “tem compromisso com o povo brasileiro e especialmente com o povo do Nordeste”.
Depois de Dilma, Lula foi ao microfone. Após inaugurar o nada, Lula prometeu ao povo de Salgueiro que voltará em abril, dessa vez para inspecionar um vir a ser: as obras da transposição do São Francisco.
O presidente posou para o fotógrafo oficial do Planalto, Ricardo Stuckert (veja lá no alto), a bordo de uma máquina.
Compunham a foto: Dilma; o presidente da Cia. Siderúrgica Nacional, Benjamim Steninbruch; e três governadores: Eduardo Campos (PE), Wellington Dias (PI) e Cid Gomes (CE).
De Salgueiro, Lula, Dilma e o resto da comitiva seguiram, de helicóptero, às expensas do erário ( ou seja, do nosso bolso ), para o município de Escada, na zona da mata de Pernambuco.
Sobrevoaram a BR-101, que está sendo duplicada, um trecho que mede 28,5 km ainda em fase de terraplanagem.
A despeito de inconcluso, o empreendimento de Escada, dessa vez, coube a Marcos Crispim, superintendente do DNIT em Pernambuco, adular a “mãe” do PAC. Ele realçou o “carinho” que Dilma dedica ao programa.
Quando o microfone lhe chegou às mãos, a ministra-candidata falou do futuro: "Essa obra vai ajudar tanto aos turistas quanto vai auxiliar a escoar a produção”.
Lula também discursou. Tratou a crise financeira como um problema alheio -"Tô rezando mais pelo Obama do que por mim". Repisou a promessa de financiar um milhão de casas até 2010.
Por uma dessas ironias da política, Lula abriu a “operação-mostra-Dilma” no Estado de Sérgio Guerra, o senador que responde pela presidência do PSDB.
Guerra diz que Lula faz campanha eleitoral antecipada com dinheiro público. Afirma que, a pretexto de inagurar “coisa nenhuma”, o presidente afronta as leis.
Nesta quinta (12), o PSDB de Guerra e o DEM, parceiro de oposição do tucanato, decidiram questionar os métodos do governo no TSE.
Repete-se agora uma estratégia que a oposição já havia adotado na campanha presidencial de 2006, quando Lula surrou o tucano Geraldo Alckmin nas urnas.
Em resposta às ações judiciais de tucanos e ‘demos’, o Planalto vai utilizar a mesma justificativa de outrora: Lula não faz campanha. Apenas governa. Alheio aos arroubos dos adversários, Lula exibirá sua candidata em mais dois Estados do Nordeste.
Nesta sexta-feira 13, depois de se desvencilhar de um resto de agenda na cidade do Recife, Lula acompanhará Dilma nos Estados do Rio Grande do Norte e de Sergipe.
O ano de 2009, como se vê, começa com um indisfarçável sabor de 2010.
Adaptação do texto de Josias de Souza em: http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/
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