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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
O desafio de Barack Obama
Desafio do novo presidente é semelhante ao de Roosevelt
Eduardo Nunomura
É tempo de comparar Barack Obama com Abraham Lincoln, pede o presidente eleito dos Estados Unidos. A viagem de trem da Filadélfia até Washington faz parte da jogada. Quando Obama, que como Lincoln representa do Estado de Illinois, fizer o juramento para assumir a presidência americana, ele o fará repousando a mão sobre a Bíblia que pertenceu a seu ídolo político. E assim, com intencionais e bem calculados acenos políticos, o 44º presidente americano tenta se afastar das comparações com outro predecessor, este bem mais parecido pelos desafios econômicos que terá de enfrentar a partir de terça-feira: Franklin Delano Roosevelt, o criador do New Deal.
Um historiador como Harold Holzer, autor de mais de 20 livros sobre Lincoln, até vê semelhanças de estilo entre os dois personagens, como o fato de serem excelentes oradores, abertos às mudanças, terem senso de humor e fazerem questão de estar próximos da família.
"Quando me perguntam se penso que Obama está forçosamente tentando se parecer com Lincoln, respondo: quem melhor um novo presidente poderia aspirar a ser?" Mas as diferenças de situação são bem maiores.
"Lincoln definitivamente assumiu debaixo de uma tempestade, com o sul do país se recusando a reconhecer a legitimidade da eleição, com sete Estados rebelados que formaram um governo próprio", lembra Holzer.
"Esse tipo de crise política nunca mais vai ocorrer, graças a Lincoln, e Obama já começa sob o ardor da unidade nacional." Na opinião do historiador, não importa o quão grave seja a crise financeira ou se a pressão terrorista persiste, porque o conceito de nação continua intacta. "Lincoln certa vez disse ?não podemos escapar da história?. Tampouco Obama pode. Mas ele já faz parte da história e fará história, porque quebrou uma barreira."
Obama assume o governo com desafios parecidos aos enfrentados pelo presidente Franklin D. Roosevelt. Em 1932, os americanos esperavam a chegada de um líder que oferecesse não só um programa de recuperação econômica, mas também garantisse a eles que o país iria sobreviver. Eram 13 milhões de desempregados, quase todos os bancos fechados.
"Roosevelt usava com frequência a metáfora da guerra quando descrevia a Grande Depressão", afirma o professor Jeffrey W. Coker, da Universidade Belmont. "Uma guerra necessita mobilização em massa para conquistar a vitória. Ele convocou os americanos a se unir para defender um tipo diferente de inimigo, a crise econômica."
Nos cem primeiros dias de governo, com apoio até da oposição no Congresso, Roosevelt conseguiu adotar seu programa New Deal. "Obama está entrando na Casa Branca com uma maioria apertada dos democratas, enquanto Roosevelt foi capaz de aprovar qualquer reforma que propôs", alerta o historiador, autor de uma biografia de Roosevelt. "Mas seria injusto criticar Obama se seus primeiros meses não forem comparáveis com a energia e as conquistas obtidas pelo New Deal." Segundo Coker, embora os americanos de hoje sejam mais céticos e cínicos do que no início do século 20, Obama tem a seu favor o apoio em massa dos mais jovens.
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Um comentário:
Primeiramente, é digna de parabéns a iniciativa do amigo Mario Jorge Fortes, ao abrir mais este canal de comunicação para seus amigos e para a sociedade alagoana, trazendo temas atuais para discussão e debate, além da diversificação de assuntos que o blog promete abranger.
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