domingo, 18 de janeiro de 2009

Crise levou montadoras a demitir 35 mil


As dez maiores fabricantes de carros do mundo anunciaram até agora pouco mais de 35 mil cortes de empregos em todo o mundo. Os maiores afetados são os trabalhadores temporários, mas muitas fábricas também implantaram o programa de demissão voluntária, férias coletivas ou diminuição da carga horária.

No entanto, o número total de pessoas que perderam o emprego por causa da crise no setor pode ser até três vezes maior, segundo sindicalistas.Isto porque muitas pequenas fábricas, fornecedoras de peças para as grandes montadoras, fecharam as portas ou reduziram drasticamente o número de funcionários.
Os prejuízos no setor ultrapassam os US$ 30 bilhões.Mas apesar da demissão em massa e das perdas, as grandes montadoras devem começar a se recuperar ainda em 2009, na opinião de analistas ouvidos pela BBC Brasil.
Apesar dos dados negativos, os analistas de mercado prevêem que a situação deve melhorar neste ano para os fabricantes de veículos.
"O ano de 2009 deve ser pobre para as montadoras, mas o pior dessa queda desenfreada já passou", opina Edward J. Lincoln, diretor do Centro de Estudos Econômicos Japão-Estados Unidos e professor da Universidade de Nova York.
"A idade média dos carros que rodam nas ruas atualmente será o principal fator para que as pessoas troquem de veículo", acredita.
O final de 2008 foi marcado pelo auge da crise no setor automobilístico.A queda nas vendas atingiu os fabricantes do mundo todo e deve continuar ainda neste começo de ano.
Somente no Japão, a expectativa é de que em 2009 o país tenha o pior índice de vendas de veículos em 31 anos, segundo levantamento da Associação de Fabricantes de Automóveis do Japão (Jama, na sigla em inglês).
Para conter um possível colapso geral, as indústrias foram atrás de ajuda estatal. A alemã Opel, braço europeu da GM, foi a primeira montadora da Europa a pedir socorro. Depois foi a vez da Volkswagen.
O maior medo dos governos é a falência de uma das gigantes do setor. Pelas contas de especialistas, a quebra de uma das fabricantes vai afetar uma cadeia enorme de fornecedores e negócios, gerando um problema social.
Para Gary Burtless, Toyota, Honda, Nissan, Peugeot, Mercedes e BMW, apesar da queda nas vendas, ainda parecem estar melhores financeiramente do que as rivais norte-americanas."A grande diferença é que as montadoras de Detroit sobreviveram até agora graças ao mercado interno, enquanto as outras buscaram outros espaços para colocar seus produtos", explica.
Fonte:http://ultimosegundo.ig.com.br/

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