Eles se abrigam sob a bandeira de uma organização política com o nome de Movimento dos Sem-Terra (MST). Não têm sede fixa nem estatuto. Seus chefes nacionais nunca são processados ou condenados. Apesar disso, suas ações são criminosas e suas vítimas em potencial, qualquer propriedade, empresa ou centro de pesquisa agropecuária que produza riqueza ou tecnologia. Para angariarem simpatia e milhões de reais de repasses do governo federal, eles se disfarçam de defensores da reforma agrária lutando em nome de agricultores familiares deslocados de suas pequenas propriedades por implacáveis magnatas do agronegócio. São, na verdade, um grupo de espertalhões de esquerda que recruta, manipula e domina pelo poder econômico, e também pela violência, andarilhos, mendigos, desempregados urbanos, ex-presidiários, foragidos da Justiça e até pessoas com emprego nas cidades que aceitam engrossar suas fileiras em troca de pagamento. Essa espantosa organização completou na semana passada um quarto de século zombando da lei.
Uma reportagem de VEJA, feita com base em cadernos de anotações de líderes do MST apreendidos pela polícia do Rio Grande do Sul, revela que não é por acaso que as invasões em todo o país seguem um mesmo padrão. O MST desenvolveu um método de organização paramilitar com disciplina férrea, julgamentos internos e incentivo ao uso de armas. As cartilhas apreendidas ensinam como escapar de um flagrante, produzir bombas caseiras, esconder antecedentes criminais, disfarçar a falta de experiência na vida do campo e também como fraudar cadastros para receber ajuda oficial em dinheiro. Até hoje, as ações criminosas dessa força do atraso no campo não conseguiram fazer grandes estragos no exuberante desempenho do agronegócio brasileiro – que produziu cerca de 4 de cada 10 dólares de divisas trazidos pelas exportações do país em 2008. Os efeitos da crise externa no campo em 2009 são preocupantes. Se a eles se somar o prometido recrudescimento das invasões, os objetivos deletérios do MST poderão ser atingidos. É do maior interesse de todos os brasileiros que a ousadia e a impunidade do Movimento dos Sem-Terra tenham um fim imediato.
http://veja.abril.com.br/280109/cartaleitor.shtml
Nenhum comentário:
Postar um comentário