Apenas os senadores Adelmir Santana (DEM-DF) e Cristovam Buarque (PDT-AM) também retiraram suas assinaturas do requerimento de instalação da CPI para a apuração de desvios de verbas públicas e superfaturamento de obras na Petrobrás. Isto reduz para 30 as assinaturas reunidas pela oposição para que a comissão seja instalada. Para que a CPI não seja instalada, os governistas precisam convencer mais quatro senadores a também retirarem suas assinaturas do texto. A oposição havia reunido 32 assinaturas com o pedido de instalação da comissão, cinco a mais que o mínimo necessário de 27 senadores --como previsto pelo regimento do Senado. Para enterrar a CPI, seis senadores têm que retirar suas assinaturas do requerimento. O regimento do Senado estabelece a meia-noite desta sexta-feira como prazo máximo para a inclusão ou retirada de assinaturas do texto. Ao longo do dia, o ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) e líderes governistas representados pelo senador Gim Argello (PTB-DF) deflagraram uma operação de guerra para tentar convencer parlamentares a retirarem o apoio à comissão. Múcio disparou telefonemas para senadores governistas e da oposição na tentativa de reverter a criação da CPI. O ministro procurou, em especial, senadores do DEM para retirarem as assinaturas, uma vez que os democratas haviam concordado em suspender a criação da CPI. O PSDB ficou isolado na defesa da comissão, o que provocou um racha da oposição no Senado. Irritados com a possibilidade de suspensão da CPI, os tucanos forçaram a leitura do requerimento de criação da comissão na manhã desta sexta-feira, com o senador Marconi Perillo (PSDB-GO) na presidência dos trabalhos do Senado. Após a leitura, os governistas deflagraram a "operação abafa" da CPI.
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