Irritado com as demissões de apadrinhados políticos na Infraero, que foram avalizadas pelo ministro Nelson Jobim (Defesa), o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), ameaçou ontem apresentar uma proposta para reestruturar a pasta. Ele defendeu que o cargo de ministro da Defesa seja ocupada por um militar --da ativa ou da reserva. Jucá é civil.
"Se depender de mim, o ministro fica até aprovar a PEC [proposta de emenda constitucional] que estabelece que o ministro da Defesa deve ser [militar] da ativa ou da reserva para entender de Defesa", disse Jucá ontem. O peemedebista --que teve um irmão e uma cunhada demitidos na Infraero-- negou ter pedido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a readmissão dos parentes. Jucá reclamou da forma como as demissões foram feitas. "Disseram que a demissão era porque a empresa ia se livrar de nomeações políticas. Disse ao ministro Múcio [Monteiro, Relações Institucionais] que essa não era a forma correta de demitir ninguém." O senador classificou de "falta de cortesia e de educação" a forma como o seu irmão foi desligado da estatal. Na opinião do líder, se o Ministério da Defesa deseja reestruturar os servidores da Infraero, deve realizar concurso público sem "panelinhas" na estatal. Jucá cobrou ainda que Jobim diga publicamente o nome dos servidores que "sujam" a imagem da Infraero. "O ministro Jobim, se tiver algo errado na empresa, ele tem a obrigação de dizer quem é. Dizer que estão sujando a Infraero sem dizer quem é [que suja] é leviandade. É uma injustiça com o meu irmão", afirmou.
Jobim ameaçou deixar o cargo se o Palácio do Planalto revertesse o plano de demissões instalado na Infraero. Em abril, por decisão dos representantes da União, a assembleia geral da empresa reduziu de cerca de 150 para 12 os cargos ocupados por pessoas sem concurso. A lista de cortes incluiu Oscar Jucá, irmão do líder do governo no Senado, e Taciana --mulher de Oscar.
"Se depender de mim, o ministro fica até aprovar a PEC [proposta de emenda constitucional] que estabelece que o ministro da Defesa deve ser [militar] da ativa ou da reserva para entender de Defesa", disse Jucá ontem. O peemedebista --que teve um irmão e uma cunhada demitidos na Infraero-- negou ter pedido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a readmissão dos parentes. Jucá reclamou da forma como as demissões foram feitas. "Disseram que a demissão era porque a empresa ia se livrar de nomeações políticas. Disse ao ministro Múcio [Monteiro, Relações Institucionais] que essa não era a forma correta de demitir ninguém." O senador classificou de "falta de cortesia e de educação" a forma como o seu irmão foi desligado da estatal. Na opinião do líder, se o Ministério da Defesa deseja reestruturar os servidores da Infraero, deve realizar concurso público sem "panelinhas" na estatal. Jucá cobrou ainda que Jobim diga publicamente o nome dos servidores que "sujam" a imagem da Infraero. "O ministro Jobim, se tiver algo errado na empresa, ele tem a obrigação de dizer quem é. Dizer que estão sujando a Infraero sem dizer quem é [que suja] é leviandade. É uma injustiça com o meu irmão", afirmou.
Jobim ameaçou deixar o cargo se o Palácio do Planalto revertesse o plano de demissões instalado na Infraero. Em abril, por decisão dos representantes da União, a assembleia geral da empresa reduziu de cerca de 150 para 12 os cargos ocupados por pessoas sem concurso. A lista de cortes incluiu Oscar Jucá, irmão do líder do governo no Senado, e Taciana --mulher de Oscar.
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