sábado, 9 de julho de 2011

O divórcio, à jato, de Cabral.

Cabral consegue na Justiça do Rio o divórcio mais rápido da história. Em 4 dias já estava homologado.


Por Carlos Newton, na Tribuna da imprensa:
Foi um divórcio-relâmpago, que levou apenas quatro dias úteis. Apresentados os papéis dia 30 (na quinta-feira da semana passada), na terça-feira seguinte a  Justiça do Rio já homologava o divórcio do governador Sérgio Cabral e da advogada Adriana Ancelmo. Os dois estavam formalmente casados desde abril de 2004 e têm dois filhos, de 9 e 5 anos.
Segundo a Folha de S. Paulo, de acordo com o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, a homologação do divórcio seguiu os trâmites normais do tribunal: “Quando não há disputas ou divergências, o divórcio é concedido rapidamente”.
O juiz que homologou o divórcio-relâmpago, Gerardo Carnevale da Silva, justificou a presteza alegando que, por ser governador, Cabral tem direito a foro privilegiado – no caso, prioridade de julgamento. Mas não é bem assim, porque o foro privilegiado se refere a outros tipos de processo, nada tem a a ver com Direito de Família.
Os dois foram representados por um só advogado, Alexandre Ghazi, e o divórcio foi consensual, sem disputa de bens, pagamento de pensão e guarda e visitação dos filhos. Mas os termos do acordo de separação não foram divulgados, porque ações que tramitam nas Varas de Família são protegidas por segredo de Justiça.
Mas como em sociedade tudo se sabe, as informações são de que Adriana Ancelmo ficou com o luxuoso apartamento do Leblon, que vale mais de 7 milhões, e com uma das duas mansões de Sérgio Cabral no Condomínio Portobello, em Mangaratiba.
Os dois estavam formalmente separados desde 16 de junho, véspera do acidente com helicóptero na Bahia, e desde então Adriana só apareceu publicamente ao lado de Cabral uma vez, na cerimônia do velório de Jordana Kfuri Cavendish, mulher do empresário Fernando Cavendish, dono da empreiteira Delta Construções e amigo íntimo do governador. Adriana não quis aparecer nas outras cerimônias fúnebres, inclusive no velório de Fernanda Kfuri, cunhada de Cavendish.
A ocasião em que se realizou o divórcio favoreceu os interesses da Adriana Ancelmo. Fragilizado com as múltiplas denúncias de ligações com empreiteiros e outras irregularidades no governo, Cabral nem quis discussão na Justiça sobre os bens milionários que amealhou nos últimos anos, quando ainda não havia “Código de Conduta Ética” no Estado.  E como dizia Vinicius de Moraes, o amor é a coisa mais triste quando se desfaz”.

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