quinta-feira, 7 de julho de 2011

A crise quase se alastrou por mais setores do governo Dilma.

A crise no Ministério dos Transportes ameaçou alastrar-se para outras áreas do governo, atingindo de forma direta a presidente Dilma Rousseff e o secretário-geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho.
Na terça-feira, 5, enquanto Dilma visitava as obras da Usina de Santo Antonio em Rondônia, Carvalho reunia-se com Luiz Antonio Pagot para dar uma aparência de normalidade ao pedido de férias do afastado diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Ao tomar conhecimento do que ocorrera, Dilma mostrou-se irritada.
No sábado, 2, ela havia ordenado o afastamento de quatro dirigentes da área dos Transportes, entre eles Pagot .
Carvalho e Pagot, apadrinhados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tinham redigido uma nota, que chegou a ser divulgada, mas logo foi suspensa.
Nela, o Dnit assegurava que as férias de Pagot não eram uma manobra e que ele estava encaminhando as explicações necessárias.
Já informada da operação, Dilma desembarcou em Brasília cerca das 19 horas e seguiu para o Planalto, onde mandou dizer aos jornalistas que Pagot seria sumariamente demitido assim que retornasse das férias.
Toda a operação causou forte desconforto no Planalto.
A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, foi a primeira a estrilar.
Telefonou para o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, questionando-o sobre a nota que estava sendo divulgada, segundo a qual 'por decisão da Casa Civil da Presidência da República, corroborada pelo Ministério dos Transportes', o diretor-geral do Dnit estava cumprindo programação de férias.
'Como vocês divulgam informação com nome da Casa Civil sem falar comigo?', reclamou Gleisi.
Nascimento explicou que a nota resultava de um acerto entre Pagot e Gilberto Carvalho.
Por ordem do Planalto, a nota foi abortada.
Carvalho negou que estivesse tentando salvar Pagot.

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