segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Coisas menores

Quando muitos brasileiros afirmaram que a eleita Dilma Vana Rousseff não tinha – como ainda não tem – estofo e preparo necessários para assumir um cargo da importância da Presidente da República, o bravateiro Luiz Inácio da silva sempre surgia em cena para desqualificar os críticos. Tudo muito natural, pois o longevo projeto de poder do PT, que se confunde com uma ditadura, obrigava a eleição de alguém que se deixe tutelar pela direção da legenda.
No momento em que a equipe de transição enfrenta problemas para escolher os colaboradores do próximo governo e acomodar os aliados no primeiro e segundo escalões, Dilma Rousseff encontra tempo para coisas pequenas.
No afã de ampliar sua base de apoio no Senado Federal, a eleita se prestou a telefonar para o presidente do Senado, José Sarney, apenas para atender a um pedido do ex-governador do Amazonas e senador eleito Eduardo Braga (PMDB). Com fama de rebelde, Braga está de olho no apartamento funcional que foi ocupado pelo senador João Tenório, suplente do governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB).
De acordo com o regimento interno do Senado Federal, o parlamentar no exercício do mandato tem preferência na escolha dos imóveis funcionais. E neste caso a preferência é do senador Demóstenes Torres, do Democratas de Goiás. Eduardo Braga se valeu de todos os artifícios disponíveis para tirar o apartamento de Demóstenes Torres, apelando inclusive a um ministro do Superior Tribunal de Justiça, que cultiva laços de amizade com o parlamentar goiano.
Diante da pequenez do pedido o magistrado fez ouvidos moucos, enquanto Dilma Rousseff ainda não conseguiu compreender a importância do cargo para o qual foi eleita. Enfim, se a toada do próximo governo repetir a que recobre a disputa insana por um apartamento, o Brasil continuará na condição de um bem acabado “puxadinho” de fundo de quintal.
Fonte: Ucho.info

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