Por Dimmi Amora, na Folha:
O estudo para aprovar a viabilidade do trem-bala que ligará São Paulo e Rio de Janeiro não previu a construção de linhas de transmissão de energia elétrica. Com isso, um custo estimado em pelo menos R$ 1 bilhão foi cortado do preço do projeto, que está previsto em R$ 33,1 bilhões. O problema foi apontado por um dos interessados no projeto durante os pedidos de esclarecimento ao edital, que levantou que o estudo de viabilidade não previa a construção pelo vencedor do sistema de abastecimento de energia.
Embora não preveja o custo da linha, o edital diz que o vencedor será responsável por toda a construção do sistema e pela interface com os fornecedores de energia. “Entendemos ser imperativo que essa construção, bem como a interface com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), seja realizada pelo poder concedente, garantindo a disponibilidade de energia necessária à operação do TAV (Trem de Alta Velocidade), de forma a manter a viabilidade do empreendimento”, pede um interessado.
Em sua resposta, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) informa que vale o que está escrito no edital. Em outros problemas apontados nos esclarecimentos, o órgão público responsável pelo leilão informa aos participantes que os estudos são só referenciais e o que vai valer é o que o vencedor do leilão apontar como solução.
COMENTO: Para alguns, esquecer de colocar num projeto global de trem bala os custos de produção do sistema elétrico, vital para o tipo de transporte, pode ser bobeira ou incompetência. Mas pode não ser.
Para outros, paira a dúvida de que o engano possa ter sido adredemente pensado para que, no futuro, se possa estabelecer um subprojeto a preços astronômicos?
Até a pretensão da feitura de um contrato aditivo de valor estratosférico, durante a excução do projeto, não pode ser descartada.
Tomara que estas pessoas "tão céticas" quanto a licitude do projeto, estejam erradas...
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