O Tribunal de Justiça de Mato Grosso negou recurso do Partido dos Trabalhadores e decidiu que o diretório estadual deve pagar R$ 544 mil para uma empresa sediada em São Paulo, que prestou serviços de comunicação e marketing na campanha de 2002, a Inova Mídia Estratégias de Comunicação e Marketing S/C Ltda, para a atual senadora Serys Slhesarenko e o deputado Alexandre Cesar, na época candidato ao Governo. O valor da dívida é de R$ 251 mas, com as correções, chegaram a R$ 544 mil. A defesa do PT foi analisada pelos desembargadores Guiomar Teodoro Borges, José Ferreira Leite e o relator, Juracy Persiani. Com os documentos apresentados pela empresa, eles constataram a inadimplência e não acataram os argumentos de defesa que a dívida tivesse sido quitada. "Sobre a alegada quitação da dívida, que teria ocorrido com a celebração do termo aditivo, de fato necessita ser cabalmente demonstrada, o que não é possível no procedimento da execução que não comporta a dilação probatória" - decidiu o tribunal. O caso envolve suposta falsificação de assinatura. O tribunal, porém, não deliberou sobre o crime e aponta que será necessária perícia para constar se realmente existiu. O TJ também não acatou o argumento da defesa do PT que um secretário assinou a notificação da ação movida contra o diretório e não teria comunicado a presidência. "É válida a citação realizada por oficial de justiça na pessoa de secretário do diretório estadual de partido político, que a recebe e silenciou-se sobre a impossibilidade de fazê-lo. Presume-se que a pessoa que ocupa o cargo de secretário de partido político, em diretório estadual, tenha o necessário discernimento para a compreensão do contacto com o oficial de justiça" -decidiram os desembargadores. Não foi confirmado o prazo que o Diretório Estadual petista tem para quitar a dívida. O PT poderá recorrer da decisão.
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