Funcionou a rebelião da base aliada, capitaneada pelo PMDB, para forçar o governo a liberar recursos de emendas parlamentares, retidos por conta da queda de arrecadação federal. Após quase duas horas de reunião com os líderes dos partidos aliados, ontem, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, comprometeu-se a liberar quatro parcelas de R$ 1 bilhão, uma por mês, de setembro até dezembro. A primeira parcela, conforme o cronograma enviado ao deputado Gilmar Machado (PT-MG), da Comissão Mista de Orçamento, será liberada já na próxima semana. Como o governo já havia liberado R$ 1,2 bilhão há 20 dias, ficarão faltando cerca de R$ 800 milhões para fechar a conta dos R$ 6 bilhões previstos no Orçamento de 2009 para emendas individuais de parlamentares de todos os Estados. "Temos de ser realistas, está de bom tamanho", comentou Machado. Apesar do corte, que será definido por critérios técnicos, os líderes saíram da reunião satisfeitos e suspenderam o boicote branco que haviam desencadeado nos trabalhos do Congresso. "Cheguei pessimista, mas saio otimista", resumiu o deputado Henrique Eduardo Alves (RN), líder do PMDB na Câmara e cabeça da rebelião. "A reunião foi produtiva e o problema está equacionado", garantiu o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, que intermediou o acordo para pôr fim à crise.
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