Alguma coisa espetacularmente idiota foi feita quando o presidente dos Estados Unidos manda dizer, de todas as maneiras possíveis, que ficou "furioso" – mesmo quando ele é um sujeito de cabeça fria como Barack Obama. Ainda assim é difícil acreditar que um assessor até então desconhecido, Louis Caldera, de um mais desconhecido ainda Gabinete Militar da Casa Branca, mandou um dos aviões presidenciais, seguido de dois caças da Força Aérea, sobrevoar Nova York bem baixinho. Claro que o voo do Boeing provocou as memórias mais terríveis do 11 de Setembro, com gente correndo e gritando na rua. A "missão" era tirar umas fotos promocionais e o comando da polícia nova-iorquina até foi avisado, mas teve de jurar segredo. "Foi um erro. E não vai acontecer de novo", fuzilou Obama, algo desnecessariamente, pois é difícil imaginar alguém repetindo a prodigiosa besteira. Além do susto, o voo reativou o gene do conspiracionismo em sua mutação mais extrema, a que tece todo tipo de teoria exótica sobre os atentados de 2001. A mais comum apregoa que os ataques foram obra do malévolo governo Bush para se apoderar do petróleo da Ásia Central (Afeganistão) e do Oriente Médio (Iraque). A partir daí, os sequestradores suicidas se tornam agentes plantados pela CIA, os prédios do World Trade Center ruem com explosivos, o avião lançado contra o Pentágono vira um míssil e o que caiu na Pensilvânia foi derrubado pela Força Aérea. E seus passageiros? Talvez abduzidos. Ou levados para Roswell, onde se encontram com John Kennedy e Elvis Presley. Será que não sobrou um lugarzinho lá para Louis Caldera?
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