Ora, senhores oposicionistas! Decência, por favor! O país paga caro para ter partidos de oposição! Apresentem-se ao serviço!
Já há alguns dias tenho feito aqui algumas críticas duras às oposições. Para quem sabe ler, nunca deixei de fazê-las, mas acerta quem acredita que tenho restrições ainda maiores ao eixo PT-PMDB. Assim, por contraste, ficava parecendo que achava as oposições uma maravilha. Nunca. Há oposicionistas que admiro, o que é coisa bem diferente. Pois bem: ontem, noticiei aqui a truculência de que foi alvo o deputado Marcos Montes (DEM-MG), acusado pelos partidários de Aécio Neves de ser um espião de Serra em Minas — definitivamente, o estado está sendo tratado como uma capitania hereditária. Montes foi “convencido” pelos aecistas a retirar a sua pré-candidatura a líder do DEM! Ou seria considerado um inimigo do “Projeto Minas”.
O “Projeto Minas” decidiu que a liderança deve ir para ACM Neto (BA). Montes entendeu — quem sabe ele tenha entendido errado…— que seus problemas começariam na política e poderiam terminar na Justiça caso não obedecesse. Se a imprensa de Minas ou do resto do país quiser saber como tudo se deu, é só escarafunchar. Esse método de fazer política foi celebrizado numa obra de Mário Puzo, que virou filme, conhecido entre nós por “O Poderoso Chefão”.
Escrevi ontem o óbvio a respeito. Assim não se vai longe; assim, o PT só terá o trabalho de passar o poder das mãos de Dilma para as de Dilma ou das dela para aquele que Gilberto Carvalho chama “o Pelé que está na reserva”: Lula. Trata-se, como é óbvio, de política de aniquilamento de aliados considerados incômodos na esperança de que muitos adversários serão seduzidos depois, na trajetória. Então tá!
* Texto de Reinaldo Azevedo
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