Foto-arte: Blog betocritica
A presidente Dilma Rousseff vai aos Estados Unidos em março. Não será sua primeira viagem internacional (no próximo dia 31 estará na Argentina), mas uma oportunidade crucial para medir o prestígio do País com o grande irmão do Norte. Como Barack Obama vai recebê-la interessa a todos nós. Na diplomacia, gestos valem mais que palavras. Obama, anos atrás, disse que Lula era “o cara”, mas na prática tratou nosso ex-presidente (e, por consequência, o Brasil) de maneira mais fria do que seu antecessor, George W. Bush, não muito afeito a manifestações públicas de afeto. As posições de Lula sobre a questão nuclear do Irã têm peso nessa decisão. Mas será apenas isso?
Na semana passada, Obama recebeu em Washington o presidente chinês, Hu Jintao. Da boca para fora, deu uma alfi netada, cobrando publicamente, mas de forma protocolar, mais respeito aos direitos humanos na China. Horas mais tarde, abria as portas da Casa Branca para um “jantar de Estado” em homenagem ao colega oriental, com a presença da nata política, empresarial e cultural americana. Na hierarquia dos símbolos, esse evento de gala é o que distingue os parceiros mais importantes.
Obama não precisou dizer que Hu Jintao é o cara. Os gestos mostram a que nível os Estados Unidos elevaram sua parceria com a China. E em que categoria estará o Brasil? Nunca antes na história desse país um jantar de estado foi oferecido a um brasileiro. Dutra desfi lou de carro aberto em Nova York a convite de Harry Truman; FHC teve sua noite com Bill Clinton, é verdade, mas era uma coisa mais pessoal, sem tanta gala e pompa. Dilma será convidada para jantar ou tomará apenas um cafezinho no salão oval?
* Extraído do texto de Luiz Fernando Sá, na revista IstoÉ
COMENTO: A revista istoé costuma bajular poderosos, sobretudo Presidentes e polpiticos influentes. Este artigo, aqui apresentado de forma sincopada, traz uma espécie de previsão do que acontecerá na visita de Dilma aos Estados Unidos. Evidentemente que Dilma será bem recebida e poderá até jantar com os Obama. O atual presidente americano é um gentleman e tem uma habilidade politica maior que sua capacidade de gestão. Talvez a revista esteja aguardando as honras para a "presidenta" e fazer disso uma pirotecnia desnecessária.
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