Com oito anos de atraso e a 43 dias do término do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o PSDB decidiu nesta quinta-feira, 18, que vai, enfim, bater no atual presidente. Na primeira reunião da Executiva Nacional do partido depois da derrota de José Serra na eleição presidencial, os tucanos também acertaram que farão "oposição dura" ao novo governo e à presidente Dilma Rousseff. "Se em algum momento alguém do partido não fez a crítica devida a Lula, fará agora", anunciou o presidente nacional da legenda, senador Sérgio Guerra (PE), ao observar que a "atitude" de Lula na campanha "não foi democrática nem legal". Como a oposição minguou no Congresso, Guerra afirma que ela terá de ser "necessariamente" mais combativa.
O tucanato está convencido de que também contribuiu para a derrota a falta de militância. "Temos 30 mil filiados no Rio de Janeiro, mas se precisamos de militantes para trabalhar não juntamos 30", confessou Márcio Fortes, que já presidiu a legenda e participa da atual direção como membro do conselho fiscal. O partido estima que tem 230 mil filiados, mas não sabe exatamente quem são nem onde estão. "É um cadastro morto, fictício", admitiu Guerra. Precisamente por isso, as eleições prévias para escolher o candidato a presidente nunca foram cogitadas com seriedade no PSDB. A despeito da disputa interna entre Serra e o agora senador eleito Aécio Neves, o tucanato sabia que o partido não estava organizado para realizar prévias entre filiados.
Agora, no entanto, a meta é chegar à eleição municipal de 2012 com o candidato à eleição presidencial de 2014 escolhido. E, para que isso se torne possível, o partido terá de ser reestruturado a partir dos municípios. O objetivo é refazer e ampliar o cadastro de filiados até 20 de março, quando haverá eleição para os diretórios municipais. As eleições dos diretórios regionais e nacional também já estão agendadas para 17 de abril e 29 de maio.
*Postado por O EDITOR, via e-mail
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