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Reportagem de Bernardo Mello Franco, na Folha de São Paulo de sábado ( 08.05), dá conta do ridículo a que chegou o governo Lula com a sua, se me permitem, tara pelo ineditismo. Propaganda oficial conduzida pela Secom, do companheiro Franklin Martins, veiculada em jornais de todos os estados e com conteúdo regional, infla números, expropria obras alheias e ainda violenta a geografia! Escolas técnicas inauguradas em governos anteriores — uma delas é de JK!!! — aparecem como obras do governo Lula. A cidade de Campinas, a segunda maior de São Paulo (só perde para a capital), foi parar no Norte do Estado, a uns 400 quilômetros de sua real localização. Tudo feito como muito profissionalismo… Leiam:
A pressa para divulgar ações em ano eleitoral levou o governo a inflar estatísticas e tropeçar na geografia, em campanha publicitária de R$ 60 milhões paga pela Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência da República. A propaganda oficial atribui ao governo Lula a inauguração de escolas técnicas federais criadas muito antes da posse do presidente, em 2003. Além disso, usa mapas com indicações trocadas. No do Estado de São Paulo, por exemplo, há cidades indicadas a cerca de 400 quilômetros do local correto.
Os erros estão espalhados em anúncios de meia página publicados anteontem nos principais jornais do país, inclusive na Folha. As peças foram regionalizadas para divulgar obras em cada um dos 26 Estados e no Distrito Federal. O material apresenta como novas escolas técnicas abertas em governos anteriores ou que ainda estão em construção. O anúncio publicado nos jornais de Brasília, por exemplo, traz um mapa com cinco unidades assinaladas. Quatro não existem e uma foi inaugurada em 1958, pelo então presidente Juscelino Kubitschek.
Um mapa, um texto de apoio informa que a Escola Técnica de Planaltina “já prepara jovens para o mercado de trabalho”. Como a unidade existe desde 1958, os primeiros jovens formados já devem ter celebrado os 70 anos de idade. O Planalto é reincidente no erro. Em fevereiro do ano passado, quando Lula reabriu a escola, o material de divulgação omitia tratar-se de uma obra de JK, como o presidente reconheceu no discurso. Sobre as escolas em construção, o texto diz que serão abertas “até o final da expansão da rede”, sem indicar data. No mapa, não há qualquer observação de que elas inda não existem.
O problema se repete no anúncio dos jornais cariocas. Lá, aparece como nova a unidade do Centro Federal de Educação Tecnológica em Maria da Graça, no subúrbio do Rio. O site do Cefet informa que ele existe desde 1997 e foi apenas transformado em “unidade descentralizada” em 2006. Além de inflar dados, os mapas erram a localização de cidades e confundem bairros com municípios. No de São Paulo, Campinas virou um pontinho no norte do Estado. Caraguatatuba, cujo nome oficial contém “Estância Balneária”, foi “promovida” do litoral para o topo da Serra do Mar. No mapa do Rio, bairros como Realengo foram sinalizados com o padrão gráfico de cidades.
A pressa para divulgar ações em ano eleitoral levou o governo a inflar estatísticas e tropeçar na geografia, em campanha publicitária de R$ 60 milhões paga pela Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência da República. A propaganda oficial atribui ao governo Lula a inauguração de escolas técnicas federais criadas muito antes da posse do presidente, em 2003. Além disso, usa mapas com indicações trocadas. No do Estado de São Paulo, por exemplo, há cidades indicadas a cerca de 400 quilômetros do local correto.
Os erros estão espalhados em anúncios de meia página publicados anteontem nos principais jornais do país, inclusive na Folha. As peças foram regionalizadas para divulgar obras em cada um dos 26 Estados e no Distrito Federal. O material apresenta como novas escolas técnicas abertas em governos anteriores ou que ainda estão em construção. O anúncio publicado nos jornais de Brasília, por exemplo, traz um mapa com cinco unidades assinaladas. Quatro não existem e uma foi inaugurada em 1958, pelo então presidente Juscelino Kubitschek.
Um mapa, um texto de apoio informa que a Escola Técnica de Planaltina “já prepara jovens para o mercado de trabalho”. Como a unidade existe desde 1958, os primeiros jovens formados já devem ter celebrado os 70 anos de idade. O Planalto é reincidente no erro. Em fevereiro do ano passado, quando Lula reabriu a escola, o material de divulgação omitia tratar-se de uma obra de JK, como o presidente reconheceu no discurso. Sobre as escolas em construção, o texto diz que serão abertas “até o final da expansão da rede”, sem indicar data. No mapa, não há qualquer observação de que elas inda não existem.
O problema se repete no anúncio dos jornais cariocas. Lá, aparece como nova a unidade do Centro Federal de Educação Tecnológica em Maria da Graça, no subúrbio do Rio. O site do Cefet informa que ele existe desde 1997 e foi apenas transformado em “unidade descentralizada” em 2006. Além de inflar dados, os mapas erram a localização de cidades e confundem bairros com municípios. No de São Paulo, Campinas virou um pontinho no norte do Estado. Caraguatatuba, cujo nome oficial contém “Estância Balneária”, foi “promovida” do litoral para o topo da Serra do Mar. No mapa do Rio, bairros como Realengo foram sinalizados com o padrão gráfico de cidades.
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