Da coluna do Augusto Nunes:
Manuel Zelaya completou nesta quarta-feira o primeiro mês de hospedagem na antiga embaixada brasileira em Honduras. A coluna já arranjou um emprego de presidente de acampamento do MST para o presidente sem país a presidir. E procura um ofício que agrade a Xiomara Zelaya ─ dama de companhia de Marisa Letícia é o recomendado pela maioria dos leitores. Nem assim os proprietários da Pensão do Lula se animam a desocupar o casarão em Tegucigalpa.
Se depender do resto do país, o hóspede ficará onde está muitos meses mais. Se depender do resto do mundo, ficará até o fim da vida. Os hondurenhos estão felizes com a conquista da vaga na Copa da África do Sul e mais interessados na eleição do próximo presidente que na discurseira do deposto. O governo interino vai emperrando as negociações por saber que, escolhido o futuro chefe de governo, Zelaya será reduzido a uma antiguidade sem serventia.
Já virou notícia pouco relevante nos jornais de Honduras. Na edição de hoje, La Tribuna destaca no alto da página a impressão de 14 milhões de cédulas eleitorais. As conversas entre representantes de Zelaya e do presidente em exercício, Roberto Micheletti, comprimem-se em poucos centímetros no rodapé. Só alguns soldados da imprensa brasileira se recusam a encerrar a guerra contra o ”governo golpista”, virtualmente esquecida pelos demais jornais do planeta. O mundo tem mais o que fazer. Até Hugo Chávez prefere tratar de outras confusões.
Passados 30 dias de hospedagem, Zelaya é um problema do Brasil. E o Planalto tem de escolher entre duas opções. A primeira é enquadrar o companheiro na categoria dos asilados políticos, embarcar o casal presidencial num avião fretado e alojá-lo por aqui. A segunda é proclamar a independência do terreno do casarão, anexá-lo ao mapa do Brasil, promovê-lo a província autonôma e eleger Zelaya governador-geral. Ou presidente.
O segundo caminho combina com o governo Lula. O primeiro é o que a sensatez recomenda.
Se depender do resto do país, o hóspede ficará onde está muitos meses mais. Se depender do resto do mundo, ficará até o fim da vida. Os hondurenhos estão felizes com a conquista da vaga na Copa da África do Sul e mais interessados na eleição do próximo presidente que na discurseira do deposto. O governo interino vai emperrando as negociações por saber que, escolhido o futuro chefe de governo, Zelaya será reduzido a uma antiguidade sem serventia.
Já virou notícia pouco relevante nos jornais de Honduras. Na edição de hoje, La Tribuna destaca no alto da página a impressão de 14 milhões de cédulas eleitorais. As conversas entre representantes de Zelaya e do presidente em exercício, Roberto Micheletti, comprimem-se em poucos centímetros no rodapé. Só alguns soldados da imprensa brasileira se recusam a encerrar a guerra contra o ”governo golpista”, virtualmente esquecida pelos demais jornais do planeta. O mundo tem mais o que fazer. Até Hugo Chávez prefere tratar de outras confusões.
Passados 30 dias de hospedagem, Zelaya é um problema do Brasil. E o Planalto tem de escolher entre duas opções. A primeira é enquadrar o companheiro na categoria dos asilados políticos, embarcar o casal presidencial num avião fretado e alojá-lo por aqui. A segunda é proclamar a independência do terreno do casarão, anexá-lo ao mapa do Brasil, promovê-lo a província autonôma e eleger Zelaya governador-geral. Ou presidente.
O segundo caminho combina com o governo Lula. O primeiro é o que a sensatez recomenda.
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