Antes do golpe que o derrubou do poder, Manuel Zelaya tentava levar adiante uma consulta popular que abrisse caminho para reformar a Constituição.
Seus críticos dizem que ele buscava, nessa consulta, uma tentativa de aprovar a reeleição presidencial e, assim, candidatar-se a um novo mandato em 29 de novembro.
Mesmo com o Congresso, a Suprema Corte e as Forças Armadas sendo contrários à consulta por declará-la inconstitucional, Zelaya levou-a adiante, num desafio aos demais poderes.
Mas o golpe de 28 de junho impediu que ela fosse realizada e expulsou Zelaya do país, ainda de pijama. O golpe fez com que praticamente todo o continente se unisse em declarações de apoio ao presidente deposto e contra uma prática que se considerava ultrapassada na América Latina.
Uma polêmica pôs fim ao seu governo, mas outras tantas marcaram seu mandato. O chapéu de vaqueiro e o vasto bigode se tornaram a marca registrada desse fazendeiro, vindo de uma família de latifundiários, e que foi eleito pelo Partido Liberal em 2005.
Apesar de vir da direita, Zelaya virou-se para a esquerda logo após a eleição, aproximou-se da Venezuela, entrou para a Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba) e afastou Honduras de seu antigo aliado, os EUA, despertando inquietação entre antigos correligionários.
Deputado por três vezes de 1985 a 1998, Zelaya foi ainda ministro de Investimento Social antes de se candidatar à Presidência. Como presidente, promoveu políticas assistencialistas, mas não conseguiu conter a alta dos preços ou o tráfico de drogas como prometera.
Algumas decisões, como a ordem para rádios e TVs transmitirem duas horas de propaganda do governo diárias, eram vistas com desconfiança por empresários.
Persistente, Zelaya levou à frente a decisão de realizar a consulta popular, apesar das oposições. Mas o golpe, ao amanhecer do dia em que a consulta seria realizada, abreviou o seu mandato e atraiu as atenções para Honduras.
Entre as polêmicas e os rumores despertados no seu governo, há quem o acuse de ter feito vista grossa — ou mesmo de estar ligado — aos pequenos aviões que pousam no país como escala na rota do tráfico internacional.
Segundo fontes, de janeiro a junho caíram ou foram interceptados 26 aviões com drogas no país. Desde 28 de junho, só um. As insinuações não param aí. Segundo a imprensa, Héctor (um dos quatro filhos que teve com Xiomara) foi passageiro no avião de um traficante que pousou no aeroporto de Tegucigalpa.
Na cidade de Catacamas, onde o presidente deposto iniciou sua vida política, a poderosa família Zelaya não é muito querida. Seu pai, José Manuel Zelaya, foi condenado pelo massacre de 14 pessoas. Elas iam participar da Marcha pela Fome, em 1975, pedindo terras.
Os corpos dos agricultores foram jogados num poço, fechado com explosões de dinamite. Sentenciado a 20 anos de prisão, o pai cumpriu apenas um ano e foi anistiado. O presidente deposto tinha 23 anos na época e há rumores de que teria ajudado a esconder os corpos.
Seus críticos dizem que ele buscava, nessa consulta, uma tentativa de aprovar a reeleição presidencial e, assim, candidatar-se a um novo mandato em 29 de novembro.
Mesmo com o Congresso, a Suprema Corte e as Forças Armadas sendo contrários à consulta por declará-la inconstitucional, Zelaya levou-a adiante, num desafio aos demais poderes.
Mas o golpe de 28 de junho impediu que ela fosse realizada e expulsou Zelaya do país, ainda de pijama. O golpe fez com que praticamente todo o continente se unisse em declarações de apoio ao presidente deposto e contra uma prática que se considerava ultrapassada na América Latina.
Uma polêmica pôs fim ao seu governo, mas outras tantas marcaram seu mandato. O chapéu de vaqueiro e o vasto bigode se tornaram a marca registrada desse fazendeiro, vindo de uma família de latifundiários, e que foi eleito pelo Partido Liberal em 2005.
Apesar de vir da direita, Zelaya virou-se para a esquerda logo após a eleição, aproximou-se da Venezuela, entrou para a Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba) e afastou Honduras de seu antigo aliado, os EUA, despertando inquietação entre antigos correligionários.
Deputado por três vezes de 1985 a 1998, Zelaya foi ainda ministro de Investimento Social antes de se candidatar à Presidência. Como presidente, promoveu políticas assistencialistas, mas não conseguiu conter a alta dos preços ou o tráfico de drogas como prometera.
Algumas decisões, como a ordem para rádios e TVs transmitirem duas horas de propaganda do governo diárias, eram vistas com desconfiança por empresários.
Persistente, Zelaya levou à frente a decisão de realizar a consulta popular, apesar das oposições. Mas o golpe, ao amanhecer do dia em que a consulta seria realizada, abreviou o seu mandato e atraiu as atenções para Honduras.
Entre as polêmicas e os rumores despertados no seu governo, há quem o acuse de ter feito vista grossa — ou mesmo de estar ligado — aos pequenos aviões que pousam no país como escala na rota do tráfico internacional.
Segundo fontes, de janeiro a junho caíram ou foram interceptados 26 aviões com drogas no país. Desde 28 de junho, só um. As insinuações não param aí. Segundo a imprensa, Héctor (um dos quatro filhos que teve com Xiomara) foi passageiro no avião de um traficante que pousou no aeroporto de Tegucigalpa.
Na cidade de Catacamas, onde o presidente deposto iniciou sua vida política, a poderosa família Zelaya não é muito querida. Seu pai, José Manuel Zelaya, foi condenado pelo massacre de 14 pessoas. Elas iam participar da Marcha pela Fome, em 1975, pedindo terras.
Os corpos dos agricultores foram jogados num poço, fechado com explosões de dinamite. Sentenciado a 20 anos de prisão, o pai cumpriu apenas um ano e foi anistiado. O presidente deposto tinha 23 anos na época e há rumores de que teria ajudado a esconder os corpos.
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