O “oposicionista” Aécio Neves reuniu-se reservadamente com Lula, o mandachuva da situação.
Deu-se na tarde desta terça (28). Segundo a versão mineira, o convite partiu de Lula. O governo informa que Aécio pediu a audiência. “Notícia” pendurada no portal do governo de Minas informa que o governador foi tratar de economia. Meia verdade.
Um auxiliar do presidente disse ao blog, na noite passada, que o miolo da conversa não foi econômico, mas político.
Foi uma reunião sem testemunhas. Lula esquivou-se de esmiuçar, mesmo na intimidade, o teor político da reunião.
Aécio cuidou de detalhar apenas o pedaço econômico: siderurgia, mineração e a restituição aos Estados da compensação da Lei Kandir (R$ 3,9 bilhões).
A desinformação semeou nos subterrâneos de Brasília uma suspeita: Aécio teria retomado a idéia de migrar do PSDB para o PMDB.
“A hipótese de que isso venha ocorrer é zero”, viu-se compelido a desmentir o senador Sérgio Guerra (PE), presidente do PSDB.
Antes de bater asas em direção a Brasília, Aécio almoçara, em Minas, com o prefeito de Duque de Caxias, José Camilo Zito (PSDB).
Zito é, hoje, a água que caiu no chope que José Serra, o outro presidenciável tucano, pretendia servir a Fernando Gabeiro (PV), no Rio.
Gabeira costurara com Serra a montagem de um palanque duplo. O deputado disputaria o governo do Rio.
E recepcionaria no Estado o tucano Serra e a presidenciável do PV, Marina Silva. A fórmula ruiu depois que Zito apresentou-se como opção do PSDB.
No almoço com Aécio, Zito se dispôs a abrir mão de sua incipiente candidatura ao governo do Rio numa eventual composição com Sérgio Cabral (PMDB).
Funcionaria assim: candidato à reeleição, o governador Cabral desistiria de apoiar a presidenciável Dilma Rousseff (PT), bandeando-se para o lado de Aécio.
Feito o arranjo improvável, Zito se manteria na órbita municipal, desistiria do vôo estadual e apoiaria Cabral.
Esses últimos movimentos de Aécio deixaram a impressão de que a direção do PSDB precisa chamar o governador mineiro para uma conversa.
O diálogo seria aberto com uma pergunta básica: Aécio, afinal de contas, você é candidato a presidente ou quer apenas estorvar a vida do Serra?
A questão se justifica pelo seguinte: no alvorecer da queda-de-braço que mantém com Serra, Aécio exigiu a realização de prévias.
Hoje, o que parecia cavalo de batalha virou perspectiva de conchavo. Aécio já admite uma composição sem prévias, em reunião prevista para dezembro.
Ora, se não se dispõe a brigar nem mesmo pelas prévias que impusera, Aécio pode ser candidato a qualquer coisa, menos a presidente.
Tomado pelos gestos que faz em Minas, Aécio trabalha para chegar às portas de 2010 com uma composição:
Apoiaria o ministro Hélio Costa (PMDB) para o governo do Estado. E desceria à chapa como candidato a uma cadeira no Senado.
De Hélio Costa não se exigiria o apoio a Serra. O ministro manteria a fidelidade a Dilma. E Aécio manteria um pé em cada canoa presidencial.
Ótimo para Lula, a quem Aécio se recusa a fazer oposição. Péssimo para Serra, a quem Aécio jura ser leal depois da definição tucana.
Como se vê, a despeito das juras de amor eterno, o PSDB continua sendo um partido de amigos composto integralmente de inimigos.
Deu-se na tarde desta terça (28). Segundo a versão mineira, o convite partiu de Lula. O governo informa que Aécio pediu a audiência. “Notícia” pendurada no portal do governo de Minas informa que o governador foi tratar de economia. Meia verdade.
Um auxiliar do presidente disse ao blog, na noite passada, que o miolo da conversa não foi econômico, mas político.
Foi uma reunião sem testemunhas. Lula esquivou-se de esmiuçar, mesmo na intimidade, o teor político da reunião.
Aécio cuidou de detalhar apenas o pedaço econômico: siderurgia, mineração e a restituição aos Estados da compensação da Lei Kandir (R$ 3,9 bilhões).
A desinformação semeou nos subterrâneos de Brasília uma suspeita: Aécio teria retomado a idéia de migrar do PSDB para o PMDB.
“A hipótese de que isso venha ocorrer é zero”, viu-se compelido a desmentir o senador Sérgio Guerra (PE), presidente do PSDB.
Antes de bater asas em direção a Brasília, Aécio almoçara, em Minas, com o prefeito de Duque de Caxias, José Camilo Zito (PSDB).
Zito é, hoje, a água que caiu no chope que José Serra, o outro presidenciável tucano, pretendia servir a Fernando Gabeiro (PV), no Rio.
Gabeira costurara com Serra a montagem de um palanque duplo. O deputado disputaria o governo do Rio.
E recepcionaria no Estado o tucano Serra e a presidenciável do PV, Marina Silva. A fórmula ruiu depois que Zito apresentou-se como opção do PSDB.
No almoço com Aécio, Zito se dispôs a abrir mão de sua incipiente candidatura ao governo do Rio numa eventual composição com Sérgio Cabral (PMDB).
Funcionaria assim: candidato à reeleição, o governador Cabral desistiria de apoiar a presidenciável Dilma Rousseff (PT), bandeando-se para o lado de Aécio.
Feito o arranjo improvável, Zito se manteria na órbita municipal, desistiria do vôo estadual e apoiaria Cabral.
Esses últimos movimentos de Aécio deixaram a impressão de que a direção do PSDB precisa chamar o governador mineiro para uma conversa.
O diálogo seria aberto com uma pergunta básica: Aécio, afinal de contas, você é candidato a presidente ou quer apenas estorvar a vida do Serra?
A questão se justifica pelo seguinte: no alvorecer da queda-de-braço que mantém com Serra, Aécio exigiu a realização de prévias.
Hoje, o que parecia cavalo de batalha virou perspectiva de conchavo. Aécio já admite uma composição sem prévias, em reunião prevista para dezembro.
Ora, se não se dispõe a brigar nem mesmo pelas prévias que impusera, Aécio pode ser candidato a qualquer coisa, menos a presidente.
Tomado pelos gestos que faz em Minas, Aécio trabalha para chegar às portas de 2010 com uma composição:
Apoiaria o ministro Hélio Costa (PMDB) para o governo do Estado. E desceria à chapa como candidato a uma cadeira no Senado.
De Hélio Costa não se exigiria o apoio a Serra. O ministro manteria a fidelidade a Dilma. E Aécio manteria um pé em cada canoa presidencial.
Ótimo para Lula, a quem Aécio se recusa a fazer oposição. Péssimo para Serra, a quem Aécio jura ser leal depois da definição tucana.
Como se vê, a despeito das juras de amor eterno, o PSDB continua sendo um partido de amigos composto integralmente de inimigos.
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