sábado, 1 de agosto de 2009

Governistas tentam convencer Sarney a optar por renúncia em vez de afastamento

Charge de Sinfronio_Diario do Nordeste


Governistas trabalham nos bastidores para convencer o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a renunciar ao cargo caso o peemedebista decida realmente se afastar do comando da Casa Legislativa. A base aliada do governo no Senado quer evitar que, numa eventual licença temporária de Sarney, a oposição fique com a presidência da Casa por até 120 dias.
O regimento interno do Senado prevê que, se Sarney se licenciar temporariamente da presidência, o cargo será ocupado pelo primeiro vice-presidente, senador Marconi Perillo (PSDB-GO). A renúncia, ao contrário da licença, obriga a realização de uma nova eleição na Casa no prazo máximo de cinco dias --o que permite a escolha de um nome ligado ao Palácio do Planalto para o cargo máximo do Legislativo. A preocupação dos governistas é evitar que o PSDB, principal rival do PT nas eleições de 2010, prejudique a aprovação de projetos importantes para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se ficar no comando do Legislativo. Aliados de Lula já deram inícios às conversas para eleger um nome de confiança do presidente com a eventual renúncia de Sarney. Nos bastidores, ganha força o nome do senador Francisco Dornelles (PP-RJ) para disputar a presidência do Senado com a saída definitiva de Sarney. Dornelles tem o apoio de líderes peemedebistas que sabem das dificuldades do partido para conseguir consenso dentro da bancada. Além disso, ele é considerado um parlamentar com trânsito dentro do PT e da própria oposição.

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