Deu no O Globo:
Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), há muito tempo atua com energia no Maranhão. Formado na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), na turma de 1978, ele se vangloriava, nas rodas de amigos na década de 80, de ter o melhor emprego do mundo: ao mesmo tempo que presidia a Companhia Energética do Maranhão (Cemar), era sócio de uma empresa que fabricava postes de cimento, contratada pela própria estatal. É o que mostra reportagem do enviado especial Chico de Gois na edição deste domingo em O GLOBO. Em 1983, Fernando foi nomeado presidente da Cemar por Luis Alves Coelho Rocha, eleito governador no ano anterior e aliado de Sarney. Permaneceu na presidência da empresa até 1990, no fim do governo de Epitácio Cafeteira, outro aliado de Sarney. Durante um período, nessa época, Fernando foi sócio da Premolde Indústria de Artefatos de Cimento, que fabricava postes de cimento. Havia uma determinação do governo federal, na ocasião, para que fossem trocados os postes de madeira que ainda existiam no Maranhão por modelos de cimento, muito mais seguros e duradouros. E Fernando viu ali uma oportunidade de negócios. O empresário permaneceu na sociedade da Premolde até 1985, quando repassou sua parte para Armando Martins Oliveira, irmão do ex-governador de Mato Grosso Dante de Oliveira. Portanto, durante dois anos, da mesma cadeira da presidência da Cemar, ele contratava sua empresa particular e determinava os pagamentos. O outro proprietário da empresa era Miguel Nicolau Duailibe Neto, primo da mulher de Fernando, Teresa Murad, e do marido da governadora Roseana Sarney, Jorge Murad. Fernando deixou a presidência da Cemar em abril de 1990, quando João Alberto Souza assumiu o governo do Maranhão por um ano. Mas alguns de seus amigos permaneceram. Um deles foi Silas Rondeau. O ex-ministro de Minas e Energia foi diretor de distribuição da estatal durante a gestão de Fernando e ali permaneceu até Roseana Sarney assumir seu primeiro mandato, em 1995. Silas é acusado pelo Ministério Público, entre outras coisas, de formação de quadrilha. Nos grampos telefônicos realizados pela Polícia Federal, com autorização judicial, há várias menções a seu nome por outros suspeitos de irregularidades. O GLOBO procurou falar com Fernando na sede do grupo Mirante, mas ele não foi localizado. Eduardo Ferrão, seu advogado, também foi procurado e não retornou. Miguel Duailibe não foi localizado.
Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), há muito tempo atua com energia no Maranhão. Formado na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), na turma de 1978, ele se vangloriava, nas rodas de amigos na década de 80, de ter o melhor emprego do mundo: ao mesmo tempo que presidia a Companhia Energética do Maranhão (Cemar), era sócio de uma empresa que fabricava postes de cimento, contratada pela própria estatal. É o que mostra reportagem do enviado especial Chico de Gois na edição deste domingo em O GLOBO. Em 1983, Fernando foi nomeado presidente da Cemar por Luis Alves Coelho Rocha, eleito governador no ano anterior e aliado de Sarney. Permaneceu na presidência da empresa até 1990, no fim do governo de Epitácio Cafeteira, outro aliado de Sarney. Durante um período, nessa época, Fernando foi sócio da Premolde Indústria de Artefatos de Cimento, que fabricava postes de cimento. Havia uma determinação do governo federal, na ocasião, para que fossem trocados os postes de madeira que ainda existiam no Maranhão por modelos de cimento, muito mais seguros e duradouros. E Fernando viu ali uma oportunidade de negócios. O empresário permaneceu na sociedade da Premolde até 1985, quando repassou sua parte para Armando Martins Oliveira, irmão do ex-governador de Mato Grosso Dante de Oliveira. Portanto, durante dois anos, da mesma cadeira da presidência da Cemar, ele contratava sua empresa particular e determinava os pagamentos. O outro proprietário da empresa era Miguel Nicolau Duailibe Neto, primo da mulher de Fernando, Teresa Murad, e do marido da governadora Roseana Sarney, Jorge Murad. Fernando deixou a presidência da Cemar em abril de 1990, quando João Alberto Souza assumiu o governo do Maranhão por um ano. Mas alguns de seus amigos permaneceram. Um deles foi Silas Rondeau. O ex-ministro de Minas e Energia foi diretor de distribuição da estatal durante a gestão de Fernando e ali permaneceu até Roseana Sarney assumir seu primeiro mandato, em 1995. Silas é acusado pelo Ministério Público, entre outras coisas, de formação de quadrilha. Nos grampos telefônicos realizados pela Polícia Federal, com autorização judicial, há várias menções a seu nome por outros suspeitos de irregularidades. O GLOBO procurou falar com Fernando na sede do grupo Mirante, mas ele não foi localizado. Eduardo Ferrão, seu advogado, também foi procurado e não retornou. Miguel Duailibe não foi localizado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário