Pizzolato é pego na Itália com passaporte falso. Cai o
último mensaleiro do PT.
A polícia italiana prendeu nesta quarta-feira (5) o ex-diretor de marketing do
Banco do Brasil Henrique Pizzolato em Maranello (a 322 km de Roma), no norte da
Itália. A prisão do condenado no julgamento do mensalão —considerado foragido da Justiça brasileira desde novembro do ano
passado— foi realizada por volta das 11h (8h horário de Brasília). Uma equipe
de "carabinieri" (polícia italiana) o localizou e efetuou a prisão.
Desde dezembro, Pizzolato estava vivendo na casa de um sobrinho na pequena
cidade do norte da Itália.
"Havia um mandado de prisão internacional contra ele. Aqui ele
estava utilizando um documento falso. Ele entrou na Europa usando o passaporte
de um irmão", disse à Folha Carlo Carrozzo, comandante da unidade de
investigação dos carabinieri em Modena.
Pizzolato foi levado para a delegacia dos carabinieri em
Modena. Segundo a polícia italiana, Pizzolato fugiu pela Argentina em voo para
Madri usando o documento de um irmão morto em um acidente de trânsito. Depois
de desembarcar na Espanha, ele seguiu para a Itália onde se encontrava
refugiado desde dezembro.
Maranello, a pequena cidade onde ele se escondeu, é
famosa por abrigar uma fábrica e uma pista de testes da Ferrari. Pizzolato
fugiu para a Itália, país do qual tem dupla cidadania e, por isso, não pode ser
extraditado. A Polícia Federal brasileira ainda não comentou o caso, mas
segundo a Folha apurou já recebeu o mesmo informe. Segundo os dados iniciais,
Pizzolato usou o passaporte falso para fugir via Buenos Aires.
CRIMES Corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro
PENA 12 anos e 7 meses de prisão em regime fechado, mais
uma multa de R$ 1,3 milhão
O QUE ELE FEZ Em 2003 e 2004, o ex-diretor de marketing
do Banco do Brasil autorizou o repasse de R$ 73,8 milhões que a instituição
tinha no fundo Visanet para a DNA, agência de publicidade do empresário Marcos
Valério que tinha contrato com o BB e foi usada para distribuir dinheiro a
políticos. Pizzolato recebeu R$ 336 mil do esquema.
(Folha Poder)
(Folha Poder)
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