Gastos
irresponsáveis do governo fazem dívida crescer duas vezes e meia mais rápido
que o PIB.
Não é de hoje que o PT vem se
mostrando extremamente hábil na manipulação de números que coloquem a opinião
pública a seu favor. Se, por exemplo, criam um índice BAIXÍSSIMO para definir o que seria
“pobreza extrema”, convenientemente “esquecem” de reajustá-lo de acordo com
inflação, o que faz com que naturalmente milhões ultrapassem seu limite ano a
ano. Foi o que apontou matéria da BBC ainda
em março:
Adotado em junho de 2011 pelo
governo, quando foi lançado o plano Brasil Sem Miséria (guarda-chuva das
políticas federais voltadas aos mais pobres), o valor jamais foi reajustado. Se
tivesse acompanhado a inflação, hoje valeria R$ 76,58.
Em onze das 18 capitais
monitoradas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos), R$ 70 não garantem sequer a compra da parte de uma
cesta básica destinada a uma pessoa. Em São Paulo, seriam necessários R$ 95,41 para a aquisição.
(grifos nossos)
A falácia
da quitação da dívida externa
Uma outra falácia repetida inúmeras vezes sem
questionamentos por parte da mídia tida como golpista pelo
governo diz respeito à quitação da dívida externa brasileira. Sim, foi quitada.
Mas ao custo do estouro da dívida interna,
com juros muito maiores e prazos menores para negociação.
Era o que alertava artigo de Lígia Ferreira para
a Folha Política em maio passado:
Quando Lula assumiu o seu
primeiro mandato em 2002, a dívida externa era de R$ 212 bilhões, enquanto a
dívida interna era de R$ 640 bilhões. Ou seja, o total, dívida
externa mais interna, chegou aos inacreditáveis R$ 852 bilhões. Em
2008, quando o Lula assumiu ter pago a dívida, a dívida externa caiu para zero,
já a interna chegou a – pasme – R$ 1,4 trilhão. Total da
dívida: R$ 1,4 trilhão – 65% do PIB do Brasil.
Contra fatos não há argumentos:
Lula “pagou”, sim, a dívida externa. No entanto, nota-se que a dívida interna
aumentou exorbitantemente. Na realidade, o Governo se
endividou internamente para se quitar externamente. Diversos
economistas alegam, ainda, que os novos acordos de
endividamento interno seriam muito mais desvantajosos, tendo em vista o menor
prazo e a maior incidência de juros.
Para o Brasil, pouca ou nenhuma
diferença faz para quem deve, o fato é que a dívida não só continua como
aumentou. É necessário ressaltar que apenas de juros para a dívida
interna foram pagos, no mês, R$ 13 bilhões. A efeito de
comparação, a verba destinada, naquele ano, para a
educação foi de R$ 12,7 bilhões (média de 1,05 bilhão por mês).
(grifos nossos)
Colocando num gráfico simples,
eis o que está acontecendo com a dívida pública brasileira durante estes 10
anos de governo petista:
Dívida
pública também cresce proporcionalmente
Quem traz o alerta é o CenárioMT, em artigo de José Boas.
A dívida pública vem crescendo mais que o dobro do PIB. Ao ponto de que, em
mais uma década, superará este:
Para termos uma ideia do tamanho do problema, entre
2004 e 2013 o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil
cresceu em média 3,64% ao ano (hoje é de R$ 4,5 trilhões) e
nossa dívida pública avançou no mesmo período, em média, 8,98% ao ano(atualmente
em R$ 2,24 trilhões). Traduzindo em miúdos, a dívida pública brasileira já é do
tamanho da metade daquilo que o país ganha todos os anos, e ela cresce 2,5
vezes mais rápido do que o nosso PIB. Isso quer dizer que, mantidos
estes padrões, até 2027 (mais 13 anos) teremos uma dívida que superará a nossa
receita anual, ou PIB.
O artigo traz um gráfico que
“desenha” o caminho para o qual o Brasil segue rumando.
Irresponsabilidade
na administração pública
O governo Dilma segue fechando os
olhos para a situação. Num cenário de crise como este, seria natural um melhor
controle dos gastos. Uma matéria da Folha, no entanto, revela que “enquanto lucros e investimentos
patinam, estatais ganham 40 mil novos funcionários no governo Dilma“:
Investimentos e lucros caíram em
algumas das principais estatais federais, mas a ampliação do quadro de pessoal
das empresas mantém, no governo Dilma Rousseff, o ritmo dos anos Lula. (…) No total, o
contingente de empregados nas empresas federais com receita própria se aproxima
dos 500 mil, contra 339 mil em 2002, último ano do governo FHC.
(grifos nossos)
E mais um gráfico entrega bem que
o governo segue ignorando a situação na qual vem se metendo:
Dilma gasta em 6 meses quase 10
BILHÕES sem licitação
O Jornal da
Mídia aponta outro fator que pode estar agravando o aumento da
dívida pública. Só no primeiro semestre deste ano, nada menos que 37% das aquisições de bens e serviços do
governo Dilma ocorreram sem licitação. Com
licitação, explica a matéria, a economia chegaria à casa dos BILHÕES de reais:
As compras da União somaram R$
25,5 bilhões no primeiro semestre deste ano, de acordo com dados extraídos do Portal de
Compras do Governo Federal (Comprasnet), administrado pelo Ministério do
Planejamento. Foram gastos R$ 16 bilhões (63%) com compras
licitadas e R$ 9,5 bilhões (37%) em aquisições de bens e serviços sem licitação.
Além de maior controle dos
gastos, o processo licitatório possibilita significativa economia para os
cofres públicos. De acordo com Loreni Foresti, 90% das compras
licitadas foram feitas por meio de pregão eletrônico, no valor de R$ 14,4
bilhões. Isso reduziu os gastos em 18%, equivalentes a R$ 3,1 bilhões,
disse a secretária.
(grifos nossos)
O outro
lado: governo tucano de São Paulo atinge menor índice de endividamento
Não se trata simplesmente de um
momento ruim da economia, mas de erros gritantes na administração dos gastos
públicos. O governo do PSDB paulistano, tradicional opositor do governo
petista, ganhou manchetes nesta
terça-feira graças a uma economia de 19 BILHÕESde
reais em suas dívidas:
O Estado de São Paulo vai aumentar o
superávit primário e reduzir a sua dívida líquida em 19 bilhões de reais, segundo o governador Geraldo
Alckmin (PSDB). Somente este ano, conforme ele, serão 6 bilhões de reais em
redução. “É um superávit primário extremamente importante”, disse em conversa
com jornalistas, após participar de reunião com o ministro da Fazenda, Guido
Mantega, nesta quinta-feira.
Ele informou que o Estado alcançou o
menor índice de endividamento frente a sua receita líquida, de 1,3 vez. No ano passado, conforme
Alckmin, estava em 1,6 vez. “O indicador também está bem
abaixo do estabelecido pela lei de responsabilidade fiscal, de duas vezes“,
declarou o governador.
(grifos nossos)
A oposição precisa ter coragem
para explicar estes números à população mais leiga. O governo petista está
prejudicando o país com todo o seu pacote de falácias. Quando a bolha estourar,
e este dia está cada vez mais próximo, prejudicará principalmente os mais
fracos, justo aqueles que o governo finge defender.
*Texto do Jornalista José Linhares Junior
*Texto do Jornalista José Linhares Junior
*E-mail enviado por Álvaro Pedreira de Cerqueira, via Grupo Resistência Democrática.
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