sexta-feira, 27 de julho de 2012

O que Lula nega hoje, ontem pediu perdão.

Lula pediu perdão aos brasileiros pelo escândalo do mensalão
Em 12 de agosto de 2005, um dia depois do depoimento do publicitário Duda Mendonça à CPI dos Correios, a lama do mensalão aproximou-se do pescoço do presidente Lula. O marqueteiro do rei confessara que precisou abrir uma conta num paraíso fiscal para receber alguns milhões de dólares pelos serviços prestados ao candidato do PT na campanha eleitoral de 2002. A incorporação de mais dois tópicos ao prontuário da quadrilha ─ lavagem de dinheiro e evasão de divisas ─ fez a temperatura política aproximar-se do ponto de combustão.
Ameaçado pela perda do emprego, o presidente enfim se animou a tratar em cadeia nacional do caso que estarrecia o país desde 6 de junho, quando o deputado Roberto Jefferson denunciou o colosso de bandalheiras numa entrevista à Folha.  Nos 67 dias seguintes, Lula não enxergou nenhum golpe forjado pela oposição, com o apoio das elites e da imprensa. Só viu motivos para pedir perdão aos brasileiros.
“Eu me sinto traído, traído por práticas inaceitáveis, das quais não tive conhecimento”, diz já no começo do vídeo de 1min32 . Faz de conta que não soube de nada. Já era alguma coisa admitir a ocorrência de “práticas inaceitáveis”, outro codinome da velha ladroagem. “Não tenho nenhuma vergonha de dizer ao povo brasileiro que nós temos de pedir desculpas”, reconhece segundos adiante. “O PT tem pedir desculpas. O governo, onde errou, tem de pedir desculpas”.
Em outubro de 2008, resolveu que não havia desculpas a pedir: o mensalão nunca existiu, começou a recitar. A história do golpe imaginário apareceu no ano seguinte. De lá para cá, o pecador espertalhão capricha na pose de vítima. Só não exigiu que os brasileiros lhe peçam desculpas porque seria convidado a rever o vídeo em que pediu perdão. Só faz isso quem sabe que pecou.

Um comentário:

Anônimo disse...

É O FIM DA PICADA:
Governo e PT estendem tapete vermelho a Chávez.
Em São Paulo, o PT e o PCdoB, com apoio de movimento sociais e sindicais como UNE, MST e CUT, anunciaram na noite da última terça a criação de um comitê para apoiar a reeleição do presidente venezuelano Hugo Chávez. Os líderes dos partidos e dos movimentos leram manifestos em solidariedade a Chávez e em apoio à sua reeleição, e prometem estar em Brasília no próximo dia 31 de julho, para festejar o ato oficial em que a Venezuela será admitida no Mercosul. De sua parte, o governo brasileiro enviou, nesta semana, delegação oficial a Caracas, liderada pelo ministro interino do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, a fim de iniciar os preparativos para a solenidade de admissão venezuelana no bloco.