domingo, 29 de janeiro de 2012

O PT perdeu a parada.

O PT perdeu esta parada! 82% dos paulistanos apóiam ação da PM na cracolândia. Povo gosta de lei e ordem; quem acha a bagunça uma fatalidade da democracia é intelectual pé-de-chinelo.
A Folha publica hoje uma pesquisa Datafolha que evidencia que nada menos de 82% dos paulistanos concordam com a ação da Polícia Militar na Cracolândia. É mesmo, é? Algum leitor deste blog está surpreso? Quando classifico de “extrema minoria” esses burguesotes radicalizados — muitos deles usuários declarados de drogas — que vão queimar carne e neurônios da antiga cracolândia, há quem reclame: “Que preconceito!” Preconceito??? Se 82% estão de um lado, chamo de minoria os que estão do outro. Podem se manifestar? Ora, podem, sim, desde que não agridam direitos constitucionais, como o de ir e vir — que era desrespeitado justamente pelos antigos usurpadores daquela região da cidade. Ao contrário do que disseram alguns promotores, alguns defensores públicos, alguns militantes de ONGs que são proxenetas morais dos viciados e certos “intelectuais dos narcóticos”, a Polícia Militar levou o estado democrático e de direito à antiga cracolândia. É fácil demonstrar: hoje, na região há mais ou há menos artigos da Constituição e do Código Penal sendo respeitados? Para respondê-lo, atenção!, é preciso pensar também nos moradores do Centro que não eram e não são consumidores de drogas. São apenas a esmagadora maioria!!!
O PT perdeu! Os proxenetas morais perderam! A esquerda incrustada no Ministério Público e na Defensoria perdeu.
Achei um tanto curioso o lead da Folha porque, ou as palavras têm um sentido que não coincide com o do dicionário, ou há ali uma não-correspondência entre o texto e a realidade. Está escrito:
“O bate-boca entre pré-candidatos do PT e do PSDB à Prefeitura de São Paulo sobre a operação da Polícia Militar na cracolândia não encontra eco entre os eleitores. Ouvidos pelo Datafolha na quinta e na sexta, 82% dos paulistanos concordam com a ação da PM para tentar desbaratar o tráfico e o consumo de crack na região central de São Paulo.”
Como não??? Calma lá! O que não encontra “eco entre os eleitores” é a posição adotada pelo PT e por seu pré-candidato, Fernando Haddad, ora essa! Partido e agora ex-ministro atacaram a operação da cracolândia. Os tucanos a apoiaram de maneira clara e aberta, muito especialmente Andrea Matarazzo, em que pretendo votar, que aceitou fazer o debate. E com razão também particular para tanto: é um antigo defensor de uma intervenção firme na área e sempre enfrentou as falanges comuno-fascistóides da desqualificação. Que história é essa de “não encontra eco”???  O texto dá a entender que, nesse particular, estão todos em desconexão com a população e com o eleitor. E, obviamente, não é verdade. Aliás, no que diz respeito à Cracolândia, Haddad resolveu confrontar até os que têm o PT como partido de preferência: 83% apóiam a ação da PM; entre os tucanos, 90% — nos dois casos, acima da média da cidade. Outro que atacou a ação da polícia foi o neopeemedebista e ex-um-monte-de-coisas Gabriel Chalita.
Sabem, né?, sempre é preciso chamar os “especialistas” para iluminar o debate. O sociólogo Renato Sérgio de Lima, secretário-geral do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, opina: “O paulistano gosta desse tipo de polícia que impõe mais rigor. Mas é necessário que ela seja controlada e transparente, para evitar abusos”.Huuummm… Não entendi… Nas outras cidades, a população prefere uma polícia menos rigorosa? Sim, claro, “controlada e transparente”! E não há “mas” nenhum, Lima! As polícias pouco rigorosas é que costumam ser opacas e descontroladas…
Aí vem o “cientista político Fernando Abrucio: “O uso político da ação na cracolândia vai exigir muito cuidado. A classe média vai aplaudir porque considera que o problema está sendo enfrentado. Mas quanto tempo dura esse efeito midiático, de uma cracolândia limpa? Além disso, é preciso ver se os viciados não vão se espalhar, o que provocaria um efeito negativo”.
O uso de um cortador de unhas exige cuidado, ou se fica sem a ponta do dedo. Embora a fala de Abrucio tenha muitas interrogações e afirmações oblíquas, entende-se que ele considera que a classe média apóia a operação mais do que os pobres — o que é mentira — e que a aprovação decorre da “operação midiática”, o que também é mentira: boa parte da imprensa paulistana atacou a decisão do governo e da Prefeitura. “Operação midiática” foi a que setores da imprensa, petistas e vagabundos da Internet promoveram CONTRA a PM. Quanto ao resto, dizer o quê? Os “viciados” já se espalharam, e é bom que tenham se espalhado. A intervenção naquela região não tinha o objetivo de acabar com o vício! Era necessário interromper o fluxo contínuo de drogas, oferecendo, como está sendo feito, chance de tratamento a quem quer se tratar. O objetivo era devolver a região à Constituição! E como a polícia de São Paulo é aquela “do rigor”, não uma espalha-bandido, traficantes foram presos.
Não é trouxa
A pesquisa evidenciou que a população é menos trouxa do que supõem alguns quase intelectuais. Dizem que os viciados — que a imprensa chama “usuários” — vão buscar drogas em outro lugar 82% dos entrevistados; 57% acham que não é possível acabar com o tráfico e o uso e crack. Viram? As pessoas não se iludem, não! Elas sabem que não é a PM que faz alguém deixar de ser viciado ou que o tráfico sempre vai existir. MESMO ASSIM, APÓIAM A PM NA CRACOLÂNDIA PORQUE NÃO QUERM SER MOLESTADAS NEM POR TRAFICANTES NEM POR VICIADOS.
Os únicos que acham que viciados têm o direito de importunar a vida dos não-viciados, juntando-se em hordas, são intelectuais pés-de-chinelo, que estão longe das cracolândias, moram em bairros seguros e não hesitam, como é o certo, em discar o 190 quando ameaçados.
Achar uma nova causa
Os petistas tentam desesperadamente fazer do Pinheirinho uma causa porque não estão conseguindo ganhar a opinião pública. Tentaram com os desordeiros da USP. Não deu! Tentaram com a cracolândia. Não deu! Agora têm a nova causa. Desta vez, vêem até com o peso-pesado (eticamente, peso-leve) Gilberto Carvalho, que decidiu partir para o terrorismo político.
Sim, trata-se de uma tramóia eleitoral. Que cada partido e cada líder seja devidamente ligado à sua obra!
*Por Reinaldo Azevedo

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