Primeira mulher a ocupar uma diretoria da Petrobras, a engenheira química Graça Silva Foster, 56, é nome certo para assumir um cargo no primeiro escalão do governo Dilma Rousseff (PT).
Funcionária de carreira da Petrobras, onde começou como estagiária há mais de 30 anos, ocupava cargos gerenciais na estatal antes do governo Lula. Mas foi pelas mãos da então ministra de Minas e Energia que, no começo de 2003, trocou o Rio por Brasília e começou a alçar voos maiores.
No período de Dilma no Ministério de Minas e Energia, foi secretária de Petróleo e Gás. No Rio, em 2005, dirigiu a Petroquisa e a BR Distribuidora antes de chegar, em setembro de 2007, ao sóbrio e desejado 23º andar do edifício-sede da Petrobras, no centro do Rio, onde estão as salas dos diretores.
Ela é cotada para a presidência da Petrobras, a Casa Civil ou algum outro posto próximo da presidente eleita.
Assim como a presidente eleita, a diretora da Petrobras tem fama de agressiva no trato com sua equipe. Quem conhece as duas de perto diz que Graça é "clone" da presidente eleita ou uma espécie de "criador e criatura".
É por causa dessa fama de difícil no trato que, nesse período de indefinição da equipe do futuro governo, há na Petrobras uma torcida para que o destino da diretora seja um ministério em Brasília e não a presidência da estatal.
Detalhista, rigorosa, exigente, obcecada por prazos e metas, não se contenta com o relato de seus gerentes sobre o andamento dos projetos. Costuma ir, pessoalmente, vistoriar as obras e exigir dos responsáveis explicações, quando há sinal de problema ou atraso.
Segundo um executivo que trabalhou com ela, Graça barrou todas as tentativas de ingerência política em suas decisões, "mostrando a mesma firmeza habitual".
* Fonte: Folha Poder
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