No blog do Reinaldo Azevedo:
Escrevi aqui há dois dias que a Conferência de Educação poderia deixar no chinelo a de Comunicação e a de Cultura. Lula se encarregou, pessoalmente, de carimbar a marca da vergonha no encontro. Se as outras duas foram pautadas pelo esquerdismo bocó, esta outra não se contentou em ser só um canteiro de idéias mortas. O presidente se encarregou de transformá-la numa pantomima do mais rebaixado eleitoralismo. E fez, como vocês viram acima, um discurso irresponsável, contra as crianças de São Paulo, contra o governo de São Paulo, contra aquele que considera seu adversário pessoal na disputa eleitoral — ocorre que Lula não é candidato.
A tramóia da greve de professores em São Paulo começou a ser gestada faz tempo. Tratei do assunto aqui nos seus primórdios, vocês lembram. Bebel até ameaçou me processar. Por quê? Porque afirmei que ela estava preparando uma greve de caráter político. Ela ficou ofendida. O tempo e seus discursos nos comícios anti-Serra disfarçados de assembléias provaram que eu estava certo.
A fala de Lula evidencia que a decisão de jogar os servidores contra Serra foi tomada em instância superior do partido. A presidente da Apeoesp é apenas o esbirro da legenda naquele sindicato. Não decide nada; cumpre tarefas.
Quando Dilma, em outro comício, aí no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, dividiu a mesa com Bebel e a chamou de “querida”, tornava-se cúmplice dos métodos da Apeoesp — incluindo a queima de livros. Agora é Lula que corre para alimentar a fogueira. Segundo frase famosa, se a coisa só dá no Brasil, ou é jabuticaba ou é besteira. Pode-se acrescentar o terceiro elemento aí: se só acontece no Brasil, é jabuticaba, besteira ou Lula — freqüentemente uma combinação dos dois últimos elementos. Digam-me um só país do mundo, um miserável que seja, em que o chefe de governo — e de estado! —incentiva a greve em vez de apoiar a negociação. Não existe! Lula é único na sua bobagem. Só falta agora deitar-se debaixo de um pé de jabuticaba e posar (Emir Sader escreveria “pousar”) de reformador do mundo, sugerindo que as frutinhas, por pequenas, deveriam nascer nos ramos onde vicejam as abóboras, e estas, por grandes, coladas ao tronco onde brotam aquelas. Uma abóbora fatalmente cairia em sua cabeça, e ele acusaria preconceito contra “o baixinho metido”… Por que Lula não apóia greves de professores na Bahia, no Pará, no Acre, no Sergipe e no Piauí? Porque são estados governados pelo PT. Em 2007, um greve de professores na Bahia durou dois meses: o petista Jaques Wagner mandou emitir uma folha de salários zerada e se negou a conversar com os grevistas. O PT local, adivinhem, tentou sabotar… a greve! !! Wagner é um petista graúdo. Lula, evidentemente, apoiava seu aliado.
Lula voltou a fazer comício em favor da candidatura de Dilma, no mesmo estilo que tem caracterizado suas intervenções depois das duas multas que lhe aplicou o TSE:“Hoje eu vou ler o meu discurso. Hoje eu vou ler porque estou sendo multado todo dia, e daqui a pouco eu vou ter que trabalhar o resto da vida para pagar multa. Eu vou me conter aqui, depois vou dar um improvisozinho rápido para falar para vocês”
As 3 mil pessoas que participam da Conferência — e a proposta era que fosse plural, não partidária — gritavam “Guerreiro do povo brasileiro” e “O povo decidiu; agora é a Dilma presidente do Brasil”. Segundo os jornais, são “educadores”.
No “improvisozinho”, Lula, aquele a quem Dilma chamou de senhor 28 vezes e a quem se referiu nada menos de 67 no discurso de despedida, não teve receio. Falou abertamente de eleição, fazendo chacota do TSE pela enésima vez: “Eu ainda tenho nove meses de trabalho. Vou trabalhar que nem um desgraçado. Quem quiser me vencer, terá que trabalhar mais do que eu, fazer mais do que nós fizemos. Tenho certeza que muita gente não vai conseguir. (…) O povo está mais decidido. Trabalhem, aprovem o que puderem aprovar de melhor, porque alguém vai continuar dando sequência ao que vocês fizeram”
“Me vencer”? Lula é candidato a quê?
Lula atacou a imprensa e avisou: não sai da política, não! Já sabíamos. Aquela história de que iria para o sítio assar coelho era só cascata. Ele acha que ex-presidente deve ficar calado só se for seu adversário; se for aliado, pode fazer política à vontade. A sua fórmula exclui FHC do debate público — enquanto ele próprio abraça José Sarney e Fernando Collor.
A tramóia da greve de professores em São Paulo começou a ser gestada faz tempo. Tratei do assunto aqui nos seus primórdios, vocês lembram. Bebel até ameaçou me processar. Por quê? Porque afirmei que ela estava preparando uma greve de caráter político. Ela ficou ofendida. O tempo e seus discursos nos comícios anti-Serra disfarçados de assembléias provaram que eu estava certo.
A fala de Lula evidencia que a decisão de jogar os servidores contra Serra foi tomada em instância superior do partido. A presidente da Apeoesp é apenas o esbirro da legenda naquele sindicato. Não decide nada; cumpre tarefas.
Quando Dilma, em outro comício, aí no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, dividiu a mesa com Bebel e a chamou de “querida”, tornava-se cúmplice dos métodos da Apeoesp — incluindo a queima de livros. Agora é Lula que corre para alimentar a fogueira. Segundo frase famosa, se a coisa só dá no Brasil, ou é jabuticaba ou é besteira. Pode-se acrescentar o terceiro elemento aí: se só acontece no Brasil, é jabuticaba, besteira ou Lula — freqüentemente uma combinação dos dois últimos elementos. Digam-me um só país do mundo, um miserável que seja, em que o chefe de governo — e de estado! —incentiva a greve em vez de apoiar a negociação. Não existe! Lula é único na sua bobagem. Só falta agora deitar-se debaixo de um pé de jabuticaba e posar (Emir Sader escreveria “pousar”) de reformador do mundo, sugerindo que as frutinhas, por pequenas, deveriam nascer nos ramos onde vicejam as abóboras, e estas, por grandes, coladas ao tronco onde brotam aquelas. Uma abóbora fatalmente cairia em sua cabeça, e ele acusaria preconceito contra “o baixinho metido”… Por que Lula não apóia greves de professores na Bahia, no Pará, no Acre, no Sergipe e no Piauí? Porque são estados governados pelo PT. Em 2007, um greve de professores na Bahia durou dois meses: o petista Jaques Wagner mandou emitir uma folha de salários zerada e se negou a conversar com os grevistas. O PT local, adivinhem, tentou sabotar… a greve! !! Wagner é um petista graúdo. Lula, evidentemente, apoiava seu aliado.
Lula voltou a fazer comício em favor da candidatura de Dilma, no mesmo estilo que tem caracterizado suas intervenções depois das duas multas que lhe aplicou o TSE:“Hoje eu vou ler o meu discurso. Hoje eu vou ler porque estou sendo multado todo dia, e daqui a pouco eu vou ter que trabalhar o resto da vida para pagar multa. Eu vou me conter aqui, depois vou dar um improvisozinho rápido para falar para vocês”
As 3 mil pessoas que participam da Conferência — e a proposta era que fosse plural, não partidária — gritavam “Guerreiro do povo brasileiro” e “O povo decidiu; agora é a Dilma presidente do Brasil”. Segundo os jornais, são “educadores”.
No “improvisozinho”, Lula, aquele a quem Dilma chamou de senhor 28 vezes e a quem se referiu nada menos de 67 no discurso de despedida, não teve receio. Falou abertamente de eleição, fazendo chacota do TSE pela enésima vez: “Eu ainda tenho nove meses de trabalho. Vou trabalhar que nem um desgraçado. Quem quiser me vencer, terá que trabalhar mais do que eu, fazer mais do que nós fizemos. Tenho certeza que muita gente não vai conseguir. (…) O povo está mais decidido. Trabalhem, aprovem o que puderem aprovar de melhor, porque alguém vai continuar dando sequência ao que vocês fizeram”
“Me vencer”? Lula é candidato a quê?
Lula atacou a imprensa e avisou: não sai da política, não! Já sabíamos. Aquela história de que iria para o sítio assar coelho era só cascata. Ele acha que ex-presidente deve ficar calado só se for seu adversário; se for aliado, pode fazer política à vontade. A sua fórmula exclui FHC do debate público — enquanto ele próprio abraça José Sarney e Fernando Collor.
MEU COMENTÁRIO: Lula continua fazendo campanha eleitoral com cinismo e disfarçatez. Traz para si, de forma mentirosa e acintosa, a condição de candidato virtual. E, assim, segue pelo Brasil inteiro, em todas as solenidades que "monta" ou "patrocina" fazendo comícios.
Ele tem que eleger seu poste. Para isso, usa os mecaniscos e estrutura disponíveis, por conta do dinheiro público. Mentirosamente finge-se de candidato. Age como o candidato fosse ele e não o poste. O pior é que ainda tem gente e grande parte da imprensa que corrobora com tais aberrações.
Sem dúvida: haverá "truta" nestas eleições!
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