quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Ciro roda a baiana. Mas isso não é novidade...

No blog do Reinaldo Azevedo:
Ciro Gomes soltou os cachorros ontem contra a aliança PT-PMDB, uma “hegemonia que paralisa o país”, segundo ele. Disparou contra o presidente da Câmara, Michel Temer (SP), pré-candidato a vice na chapa de Dilma Rousseff, e contra o deputado Eduardo Cunha (RJ). E deu seu incômodo apoio a Lula, que sugeriu, para irritação do PMDB, que o partido elaborasse uma listra tríplice para a escolha do companheiro de chapa do PT.
Há 15 dias, o alvo do deputado ex-cearense era José Serra. Ele contava, então, com a possibilidade de desestabilizar o tucano, oferecendo-se como um impossível vice de Aécio Neves caso o governador mineiro venha a ser o escolhido pelo PSDB para disputar a Presidência. A manobra caiu no ridículo, e agora Ciro está por aí, com sua metralhadora cheia de mágoas.
Sempre que alguém ataca o PMDB, a nossa primeira reação é concordar, né?, por razões óbvias. Mas pensemos 30 segundos, e não será preciso mais do que isso para perceber o gesto destrambelhado de Ciro. O que ele quer? Na impossibilidade de se candidatar à Presidência — o PSB não terá candidato próprio, e ponto final! —, ele pretende ser, ao menos, vice de Dilma Rousseff. A esta altura, já se tem claro o seu propósito — ANUNCIADO! — de dar um chega-pra-lá no PMDB: agora e depois das eleições (caso Dilma vença).
Pois bem… Vamos nos colocar no lugar do PMDB (só um pouquinho!): caso Ciro alcançasse o seu intento, o que faria o partido? Ficaria como subalterno na aliança, com o seu latifúndio de tempo na TV, de governos de estado e de prefeituras? Lula é sagaz o bastante para saber que os patriotas poderiam migrar para a candidatura Serra. Aliás, algumas seções do partido farão isso pouco importa o que decida a direção nacional.
A gritaria de Ciro, do ponto de vista político, é um despropósito. Como não é inteiramente doido, não bate em Lula, mas sabe que está criando problemas à aliança — quando, naturalmente, a um aliado cabe fazer o contrário.
Escrevi aqui faz tempo que Ciro, a despeito de toda a vassalagem que já prestou a Lula, jamais seria visto “como um deles”. Porque, efetivamente, ele não é. Na sua cabeça muito influenciada pelo… cirismo (!), ele próprio seria o candidato ideal do governo. Isso significa que, até agora, ele ainda não entendeu o PT. E vai continuar sem entender.
Seu comportamento é o de concubina que dá barraco porque se sentiu rejeitada. Ciro ainda não tinha entendido que o PT nunca o quis para casar. Era só acasalamento. Seu papel é ficar atacando Serra em São Paulo, sob o mando de Lula. É se sempre será periferia do petismo enquanto se submeter a esta altiva sujeição voluntária!
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Comento: Deputado pífio, sem projetos, sem discurso, sem idéias. Mal educado, grosso, inconveniente, não participativo, faltoso e iresponsável no exercício de um cargo eletivo. Quem quer esta coisa como parceiro político?

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