domingo, 19 de janeiro de 2014

Tentativa do PT de envolver tucanos esbarra na verdade.

BRASÍLIA - O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito que investiga fraudes em licitações para a construção de trens e do metrô de São Paulo durante governos tucanos, disse neste sábado que o documento encaminhado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não é conclusivo sobre a existência do esquema de pagamento de propina. 
- Ele (Janot) fez um relatório, mas não foi conclusivo. Eu vi a nota nos jornais e não sei de onde tiraram isso. Ele, por enquanto, não se pronunciou no inquérito - disse o ministro.
Segundo Marco Aurélio, Janot pediu que uma comissão de sindicância do Ministério Público de São Paulo tenha acesso aos autos do inquérito. A comissão investiga suposto desvio de conduta por parte de um procurador que atuou no caso. O ministro ainda não tomou a decisão. O caso está sob segredo de Justiça. O ministro quer tornar o processo público, mas o procurador-geral ainda não se manifestou sobre isso.
- A publicidade é algo salutar, para não se exagerar o que existe e para a sociedade acompanhar - explicou.
Ainda segundo Marco Aurélio, as investigações sequer começaram formalmente. Janot ainda não pediu que fossem tomados depoimentos, ou qualquer outro tipo de providência.
- Estamos na estaca zero, só vou apreciar isso quando retornar a Brasília, dia 28 - anunciou o ministro.
O inquérito investiga suposta formação de cartel entre fornecedores do Metrô e da CPTM durante os governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB. A empresa alemã Siemens, que admitiu integrar o esquema, entregou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) documentos atestando que o governo de São Paulo sabia e deu aval à formação de um cartel com 18 empresas. O caso tramitava na Justiça Federal de São Paulo, mas foi transferido para o STF por conta dos quatro deputados federais investigados.


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