A descoberta do envolvimento da então chefe de gabinete da Presidência da
República em São Paulo, Rose Noronha, e do então advogado-geral adjunto da
União, José Weber Holanda, com o grupo acusado de comercializar pareceres
técnicos de órgãos públicos para beneficiar empresas privadas levou a Polícia
Federal a adiar por quase oito meses a deflagração da Operação Porto Seguro.
Os investigadores estavam prestes a fazer buscas nas casas e escritórios de
somente quatro suspeitos em março de 2012, mas desistiram depois que escutas
telefônicas revelaram a participação de autoridades no esquema. A operação só
foi deflagrada de fato em 23 de novembro, com buscas em 44 endereços. No total,
24 pessoas foram denunciadas por envolvimento no esquema.
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