sábado, 17 de março de 2012

Haddad é a cara de um governo que mente

O mundo encantado de Haddad – Universidade cobra mensalidade maior de universitário financiado pelo governo e ainda repassa uma parte para igrejas que indicarem estudantes!
Leiam o texto de Vanessa Correa e Fábio Takahashi, na Folha:
Um dos maiores grupos de ensino de São Paulo, a Uniesp tem assinado convênios em que se compromete a pagar um dízimo a igrejas que lhe indicarem universitários. A verba provém de repasses dos governos federal e estadual. No contrato, obtido pela Folha, a Uniesp diz que repassará 10% do que receber do Fies (financiamento federal estudantil) por aluno indicado que aderir ao programa da União. Além de igrejas, podem participar assembleias e congregações. De acordo com a própria Uniesp, 2.000 estudantes já foram matriculados por meio desse convênios. No total, 12,5 mil dos 65 mil estudantes do grupo têm o Fies. A instituição afirma que faz convênios com igrejas para criar envolvimento com essas entidades, o que ajudará a chamar alunos pobres (leia mais em texto ao lado). A faculdade também se compromete a pagar dízimos por indicados que aderirem ao programa Escola da Família, do governo de São Paulo. No projeto, o Estado banca 50% das mensalidades de alunos que ajudem as escolas públicas de ensino básico. A Uniesp tem 2.850 alunos no Escola da Família.

A Secretaria Estadual da Educação informa que o programa “não prevê terceirização de serviços nem repasse de recursos para entidades não credenciadas”. Disse ainda que vai apurar o caso. Já o Ministério da Educação disse que investigará o manuseio que a escola faz das verbas do financiamento. Segundo a pasta, há indícios de irregularidades, uma vez que a Folha verificou também que as mensalidades dos beneficiários do Fies são até três vezes superiores às dos demais estudantes -prática vetada pela lei.
No Fies, as mensalidades dos alunos são bancadas pela União. Os beneficiários devem devolver o montante apenas após a formatura. (…) A diferença de mensalidades varia entre as suas 43 faculdades da instituição. Na unidade do Brooklin (capital), a dívida do aluno do Fies será calculada com base em mensalidade de R$ 969,10, para o curso de administração. A mensalidade para os demais alunos chega a R$ 280, caso paguem no primeiro dia útil do mês. Para o mesmo curso na unidade de Itu (interior), o preço para beneficiários do Fies é R$ 914. Dependendo do dia do pagamento, para os demais pode cair para R$ 650.
(…)

Um comentário:

Anônimo disse...

Que Democracia??

O estado democrático é uma falácia, um engodo, uma farsa, uma fraude. É a ditadura do poder econômico, o domínio das estruturas sociais pelo mercado financeiro e pelas grandes empresas. A administração pública, a começar pelos três poderes, executivo, legislativo e judiciário, está dominada pela influência de uma minoria ínfima da população, desviando as prioridades do estado para os seus interesses econômicos, negligenciando as funções principais de servir à coletividade como um todo.
Mantém-se o povo ignorante, desinformado, desmoralizado e amedrontado. Ignorante, negando-lhe uma educação que mereça esse nome; desinformado, controlando a mídia e as comunicações, deturpando informações, omitindo, distorcendo, de acordo com o interesse dos poucos que dominam; desmoralizado, criminalizando qualquer movimento que agregue, esclareça, conscientize e defenda a maioria, dividindo e isolando os indivíduos com a ideologia da competição e do consumo compulsivo através de uma publicidade massacrante, repetitiva, insidiosa, desonesta; amedrontado, entre a exclusão social e o aparato da “segurança pública”. Periodicamente, alimenta-se a farsa, simulando-se eleições “democráticas”, obrigando à votação em massa, após campanhas publicitárias milionárias, mentirosas, onde o único compromisso que se pensa em honrar é com os financiadores dessas campanhas, esquecendo-se os eleitores. São estatísticas.
O povo, sabotado em instrução, em informação, em consciência, em dignidade, não consegue discernir para escolher, não percebe o jogo de interesses ao qual é submetido. Muitos entram no jogo, negociam vantagens, migalhas... e sustentam o controle do jogo. Outros, não querem “nem saber de política”, querem é consumir, desfrutar, possuir, ostentar, ainda que seja sua própria miséria, sua própria pobreza mal disfarçada, sua média classe, sua mediocridade. São os prisioneiros da publicidade, dependem de estímulos externos para sentirem alguma razão no existir. São a grande maioria das pessoas. Há outros e muitos tipos, mas poucos interessados no que fazem nossos empregados – os políticos, executivos e funcionários públicos em cargos de chefia - e como controlá-los e mantê-los a serviço da coletividade como um todo, priorizando as situações de fragilidade e não os interesses dos mais ricos entre os mais ricos. Que não me venham falar em democracia. A ditadura se impõe, insidiosa ou descarada, sobre a ignorância onde é mantida a maioria. O resto é jogo de cena.
Eduardo Marinho

http://observareabsorver.blogspot.com