sábado, 30 de julho de 2011

Presidente da Petrobras diz que 'o problema do Rio são os cariocas'

Para o presidente da Petrobras, "o problema do Rio são os cariocas"
Ramona Ordoñez:
Para o presidente da Petrobras, o baiano José Sergio Gabrielli, o problema do Rio são os cariocas. A declaração, em tom de brincadeira, foi feita por Gabrielli a uma plateia de executivos e empresários do setor petrolífero do Rio, para explicar que a companhia não pode investir apenas no Rio, por isso está fechando convênios com centros de pesquisa e universidades de todo o país.
- É claro que o Rio de Janeiro é o melhor lugar do mundo, o lugar mais bonito do mundo. O problema do Rio de Janeiro são os cariocas. Mas nós não podemos ter tudo concentrado no Rio de Janeiro - disse Gabrielli em palestra na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro       (Firjan), na qual falou do Plano de Negócios 2011/15 da Petrobras.
A companhia investiu US$1,3 bilhão em infraestrutura para a criação de 50 redes temáticas envolvem 1.900 convênios com 105 instituições de pesquisas e universidades no Brasil.
Petrobras deve voltar
a importar gasolina
Pouco depois, Gabrielli afirmou que adorava o Rio mas que não poderia deixar de fazer a provocação:
- Eu não quis ofender nenhum carioca, gosto muito dos cariocas e das cariocas. Mas foi uma piada sobre os cariocas em relação aos baianos. Como baiano eu tinha de falar isso, não tem jeito.
Gabrielli disse ainda que a Petrobras terá de voltar a importar gasolina nos próximos meses, devido ao forte aumento do consumo do combustível. Este foi puxado, principalmente, pelo aumento das importações de automóveis. No início do ano a Petrobras comprou dois carregamentos, no total de 2,5 milhões de barris, que devem bastar para três dias de consumo.
- Como o mercado continua crescendo e nossa capacidade de produção está no limite, e como não vai faltar gasolina, nós vamos importar - disse Gabrielli, ressaltando que isso será necessário mesmo que o governo reduza o percentual de álcool anidro na gasolina, que hoje é de 25%.
Essa decisão foi adiada para agosto. O governo teme escassez de álcool no mercado e a consequente disparada dos preços. Segundo Gabrielli, a  Petrobras vai investir, até 2015, US$4,1 bilhões na área de biocombustíveis, sendo a maior parte na produção de álcool.
Gabrielli disse também que a vendas totais da Petrobras em 2020 devem atingir 7,14 milhões de barris por dia de óleo equivalente (que inclui gás natural, fertilizantes, energia, e biocombustíveis). Atualmente, as vendas são de 3,84 milhões de barris.

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