Em protesto, posto vende gasolina "sem imposto" a R$ 1,18
Em protesto contra a carga tributária no Brasil, o Instituto Ludwig von Mises e o Movimento Endireita Brasil realizaram, nesta terça-feira, o "Dia da Liberdade de Impostos", marcado pela venda de gasolina com desconto total de impostos em um posto da Zona Oeste de São Paulo. Subsidiado pelos organizadores, o litro do combustível foi vendido a R$ 1,18, 52% mais barato que os R$ 2,499 cobrados normalmente.A data da manifestação, conhecida como "Free Tax Day" em outros países, foi escolhida considerando-se que esta terça-feira é o último dos 145 dias do ano em que os brasileiros trabalharão para pagar impostos em 2010, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).Para aproveitar a oportunidade, os motoristas tiveram que chegar cedo ao posto da Avenida Sumaré, devido ao limite de 6 000 l da gasolina promocional, que deve atender cerca de 200 veículos, com máximo de 30 l cada, segundo a organização. "Rodei 40 km desde a Zona Leste e cheguei às 6 horas para ter essa oportunidade", contou o motoboy Fabiano Soares, de 26 anos, o primeiro a abastecer, às 9 horas. Também foram distribuídos adesivos para os veículos, folhetos e narizes de palhaço. Na bomba ao lado, estava o fisioterapeuta Paulo Vinícius, 29 anos, que chegou às 6h30 e participava pelo segundo ano na manifestação. "Pagar o valor verdadeiro é um absurdo. Troquei de carro em janeiro e é a primeira vez que ponho gasolina".Segundo os organizadores, o maior objetivo do evento foi mostrar o peso da carga tributária no preço dos produtos, desconhecido pelos consumidores. " Nosso intuito é conscientizar a população de que, quando compramos qualquer produto, pagamos impostos embutidos que pouca gente conhece", explicou Helio Beltrão, presidente do Instituto Ludwig Von Mises.Ricardo Salles, presidente do Movimento Endireita Brasil, apontou ainda a relação do crescimento da máquina pública com a incidência de impostos. "Nós queremos mostrar para as pessoas quanto custa, efetivamente, nas suas economias, o peso de um Estado tão agigantado e perdulário como o nosso".A ação foi realizada também em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Vitória, Caruaru, Brasília, São Lourenço, Colatina e Resende.
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