O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), fez hoje um balanço do primeiro semestre da Casa, marcando o encerramento dos trabalhos e início do recesso parlamentar. Ele disse que em nenhum momento titubeou em tomar as medidas cabíveis em resposta às denúncias de irregularidades que atingiram a instituição. Sobre as acusações que envolvem seu nome e o de sua família, Sarney afirmou que o jornal O Estado de S. Paulo iniciou uma campanha contra ele, seguida por outros órgãos da imprensa, e se defendeu das acusações que pesam contra ele - nepotismo, desvio de recursos e envolvimento nos atos secretos. Ao dizer-se perseguido pela imprensa, citou o filósofo Romano Lucius Séneca e revelou que sequer desejava assumir o comando do Congresso. Só o fez por apelo dos colegas. "Séneca dizia que a injustiça somente pode ser combatida com três ações: o silêncio, a paciência e o tempo." As palavras revelam não só o sentimento de Sarney, que assumiu o Senado em fevereiro, mas também seu comportamento na condução da crise. O ex-presidente da República não enfrenta as perguntas da imprensa há semanas. A toda abordagem de repórteres, repete: "Respeitem meu direito de não dizer nada".
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