Os 59% de
brasileiros que querem o afastamento de Michel Temer terão de esperar o fim de
seu mandato.
Diz o editorial
da Folha de S. Paulo:
“A copiosa
rejeição a Temer não se traduz em atos populares por sua saída, nem em
fortalecimento da oposição parlamentar, tampouco em instabilidade que
desarranje a economia.
O atual governo
é desaguadouro natural de frustrações diversas e acumuladas dos brasileiros com
políticos, práticas corruptas e estelionatos eleitorais —o que não chega a
configurar injustiça (…).
À medida que se
avança no tempo, porém, um ponto de vista pragmático parece ganhar corpo na
sociedade: quanto mais perto das eleições e do fim desta administração, menos
producente se afigura nova troca no comando do país.
Nesse sentido,
de acordo com o Datafolha, cresceu de 30% para expressivos 37% a parcela dos
que acham preferível que Temer conclua seu mandato.
Esse se mostra,
diga-se, o cenário mais provável. O peemedebista, tudo indica, mantém apoios
suficientes no Legislativo para barrar mais uma denúncia apresentada pelo
Ministério Público.
Além disso,
nenhuma das principais forças políticas tem real interesse no afastamento do
presidente — seu desgaste contínuo convém tanto à oposição petista, carente de
bandeiras, quanto a aliados de ocasião desejosos de arrancar favores do
Executivo.” ( O Antagonista )
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