segunda-feira, 21 de março de 2016

PF investiga reforma do Instituto Lula.


Conversas telefônicas revelaram indícios de irregularidades em regularização na Prefeitura de São Paulo, diz relatório. Caso foi revelado pela Revista ÉPOCA.
Veja a seguir:

Relatório da PF aponta investigação de reforma do Instituto Lula (Foto: Reprodução)


Polícia Federal investiga uma reforma do Instituto Lula. O caso foi revelado por reportagem de ÉPOCA. Como mostrou ÉPOCA, a instituição tentou regularizar reforma na Prefeitura de São Paulopor três vezes, mas viu o pedido ser reprovado sucessivamente. O arquiteto responsável pelas tentativas é ex-secretário e ainda é funcionário da gestão de Fernando Haddad (PT).
De acordo com relatório policial enviado ao juiz federal Sérgio Moro, "há indícios de que funcionários da Subprefeitura do Ipiranga, vinculada à Prefeitura de São Paulo, estejam se prontificando a ocultar irregularidades relacionadas ao Instituto Lula".
Licenciamento e de Habitação de Haddad e hoje Superintendente da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (COHAB-SP), tinha sido responsável pelas tentativas de regularização da reforma do Instituto Lula. Em entrevista a ÉPOCA, ele falou que a sede do instituto passou por uma reforma em que houve "ampliação da garagem, porque foi feito um auditório, e mais alguns acertos".
Giaquinto disse ainda que trabalhou de graça em 2011 e 2012 para Lula, mas admitiu que recebeu pelo menos R$ 40 mil da construtora Odebrecht em 2013. Mas ele alegou que os pagamentos da construtora foram remuneração por serviços feitos para o Estádio de Itaquera. A Polícia Federal ainda investiga se há ligação entre os pagamentos da Odebrecht e a reforma do Instituto Lula.
Durante o monitoramento telefônico de funcionários do Instituto Lula, os policiais ouviram uma ligação em que apareceram indícios de favorecimento à instituição na administração municipal. Asubprefeita Edna Diva Miani Santos ligou a funcionários da instituição para oferecer ajuda a "regularizar e sanar pendências que se arrastam há anos na Subprefeitura do Ipiranga". A conversa chamou a atenção dos investigadores.
"Pelo conteúdo da ligação, sugere-se que Edna esteja tentando ocultar essas irregularidades das autoridades e da imprensa", diz o relatório.
Antes da reportagem de ÉPOCA, a polícia já tinha indícios de que houve uma reforma no local. Em uma planilha apreendida em um computador da Odebrecht, investigadores acharam uma anotação que apontava o repasse de R$ 12,4 milhões para um beneficiário identificado apenas pela sigla "IL". Na interpretação dos analistas, "IL" significava Instituto Lula.

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