A Receita Federal informou ao TSE (Tribunal
Superior Eleitoral) que irá apurar indícios de irregularidades tributárias
cometidas por empresas que prestaram serviços no ano passado para a campanha à
reeleição da presidente Dilma Rousseff. A análise solicitada pelo
vice-presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Gilmar Mendes, será feita
nas informações prestadas à Receita Federal pela Focal Comunicação, UMTI
Serviços e VTPB Serviços Gráficos.
As três empresas são citadas em pedido apresentado
em agosto pelo ministro à Procuradoria-Geral da República para investigar
eventuais crimes que possam motivar uma ação penal pública contra a campanha
eleitoral da presidente. Para o ministro, há "vários indicativos" de
que o PT e a candidatura presidencial da petista foram financiados por propina
desviada da Petrobras. Até o momento, o procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, arquivou apenas o pedido de investigação referente à empresa VTPB
Serviços Gráficos.
Segundo ele, os fatos colocados por Mendes "
não apresentam consistência suficiente para autorizar, com justa causa, a
adoção das sempre gravosas providências investigativas criminais". No ano
passado, a Folha revelou que a Focal Comunicação, segunda
maior fornecedora da campanha presidencial, tem como sócio administrador um
motorista que recebia salário de R$ 2.000. A empresa recebeu R$ 24 milhões da
campanha presidencial, só ficando atrás da empresa do marqueteiro João Santana,
destinatária de R$ 70 milhões.
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