quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Petrobras, mais até do que o país, é evidência do desastre que o PT pode produzir.


Um dia depois de rebaixar a nota de crédito do Brasil, que passou para o grau especulativo, a Standard & Poor’s fez o mesmo com 31 empresas brasileiras — 24 delas também passaram a ter nota vermelha; entraram na categoria do grau especulativo. O destaque fica com a Petrobras, que foi rebaixada dois degraus de uma vez só: era “BBB-“ e passou para “BB”. Ainda tinha a chance do BB+, onde está o Brasil. Mas foi ainda mais fundo.
A maioria das empresas rebaixadas está ligada à área de infraestrutura e é, pois, bastante dependente do estado. Se a economia do país obtém nota vermelha, elas acabam se contaminando. O caso da Petrobras já pode ser considerado dramático. Agora são duas as agências a incluir a estatal no grupo dos maus pagadores: a outra é a Moody’s.
Por que é assim? Bem, é claro que a cleptocracia que se instalou no país e na Petrobras em particular tem muito a ver com isso. No caso da estatal, afeta a avaliação da agência menos o assalto em si do que a evidência da fragilidade dos mecanismos de controle da empresa, indicando má governança.
Mas nem esse descalabro todo provocou desastre tão grande da estatal como a gestão Dilma Rousseff, que deixou de corrigir o preço dos combustíveis e passou a importa-los por uma valor superior ao que vendia no mercado interno. A fatura dessa brincadeira custou à Petrobras R$ 80 bilhões.
Mais: a estatal é hoje obrigada a participar da exploração do pré-sal, embora não tenha caixa para isso. É o que impõe o modelo de partilha, na forma como foi criado pelo PT — tudo em nome de um nacionalismo que, se não é bocó, é pilantra. No próprio PMDB — a começar do ministro da Energia, Eduardo Braga —, é consenso que se pode tirar a empresa dessa camisa de força: caso ela não tenha recursos para arcar com os 30% obrigatórios da exploração do pré-sal, que passe a uma empresa privada essa licença. Mas os petistas, cutistas, lulistas, dilmistas e outros dinossauros não aceitam.
A Petrobras, se querem saber, mais do que o próprio país, é exemplo dos desastres que os petistas são capazes de provocar. Afinal, trabalha-se por ali com muito menos variáveis do que no Brasil como um todo. Só isso já vale um impeachment. É uma pena que não dê para impichar Dilma umas três vezes.
Para arrematar: não há como a presidente tirar o corpo fora. É a grande comandante do setor energético, petróleo inclusive, desde 2003. E isso é apenas um fato.
*Por Reinaldo Azevedo

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