domingo, 21 de dezembro de 2014

PT amordaça imprensa mineira para esconder os crimes de Pimentel.

Quem diria! Durante anos e anos o PT de Minas acusou os governos tucanos de interferir e de censurar os veículos de imprensa do Estado para justificar sucessivas derrotas eleitorais. E para garrotear de forma covarde e ardilosa a liberdade de imprensa. Vejam a declaração do governador Fernando Pimentel ao lixo chapa branca chamado Carta Capital, em agosto passado, usando a velha tática petista de pressionar a imprensa:

Minas tem uma característica de uma mídia muito acanhada. O governo do estado nesses 12 anos acabou construindo uma blindagem muito forte em torno de si mesmo. E a mídia nacional é muito engajada contra o governo federal. Sem comentário de valor, o fato é que a grande mídia nacionalmente é contra o governo federal e aqui em Minas a grande mídia local, com raras e honrosas exceções, é pró-governo.

Menos de dois meses após a eleição de Pimentel, está ocorrendo exatamente o contrário. É o PT, a mando do governador eleito, que amordaça o jornalismo mineiro, que, por sua vez, se curva de maneira vergonhosa, solapando informação sobre os graves problemas que cercam a campanha eleitoral.

A cobertura parcial e truncada dos principais veículos de comunicação são a maior prova de que os  petistas estão interferindo na cobertura e desmanchando a lenda de que os tucanos é que atuavam desta forma. As evidências surgem a cada dia. Há um silêncio ensurdecedor na maioria das redações, que simplesmente calaram diante das graves denúncias que atingem o PT e o futuro governador, conhecidas em todo o Brasil, mas sem a necessária divulgação em Minas Gerais.

Jornais, portais e emissoras de rádio e TV estão ocultando do povo mineiro os sucessivos escândalos que vieram a público nas últimas semanas, tendo como epicentro o próprio governador eleito Fernando Pimentel, sua nova esposa, o empresário Benedito Oliveira e a indicação do deputado federal Bernardo Santana (PR), que responde a diversos inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), para o comando da Secretaria de Estado de Defesa Social.

A temporada de escândalos envolvendo Pimentel teve início no dia 07/10, quando a Polícia Federal aprendeu um avião em Brasília, saído de Belo Horizonte, levando a bordo uma grande quantia em dinheiro vivo. Junto com o dinheiro foram detidos dois dos principais assessores do governador eleito. O assunto foi registrado com destaque nos principais jornais do país, com destaque até no Jornal Nacional, da TV Globo. Mas, na contramão da repercussão nacional, o assunto não ganhou a devida cobertura em Minas.

Nenhum jornal, rádio ou TV mineiros se interessou em apurar a denúncia. Em aprofundar a investigação. Não se interessaram em verificar a fundo a história mesmo depois de revelado que o empresário brasiliense Benedito Oliveira, o notório Bené, antigo financiador do PT, estava entre os detidos e era, de fato, o dono do avião. Figurinha carimbada de histórias que misturam caixa dois, casa do Lago Paranoá e seus dossiês na campanha de Dilma em 2010, laranjas, Bené enriqueceu obtendo contratos milionários para prestar serviços gráficos aos governos do PT.

Diante da revelação da detenção de Bené, a primeira reação do governador eleito Fernando Pimentel foi manter distância do empresário, apontado por ele como apenas “um fornecedor de serviços” da campanha. Mas a história não resistiu aos fatos. No dia 31/10, a revista Época trouxe reportagem aprofundando as investigações e mostrou a real extensão das relações pessoais e empresariais de Pimentel e sua esposa Carolina Oliveira e Bené. 

A proximidade entre eles é tão grande, segundo a revista, que coube ao empresário alugar as salas onde deveria funcionar a empresa de comunicação criada pela esposa de Pimentel, Carolina Oliveira, que prestava serviços ao PT. E mais, Pimentel chegou a nomear um ex-sócio de Bené para cargo de primeiro escalão no Ministro da Indústria e Comércio. Apesar das informações relevantes publicadas pela revista, os principais jornais, Tv´s e rádios de Minas Gerais fizeram absoluto silêncio.

A indicação do deputado federal Bernardo Santana (PR/MG) para comandar a Secretaria de Estado de Defesa Social é outra evidência de que o cerco petista já se impõe sobre a atuação dos principais veículos de comunicação mineiros. Foi escondido do povo mineiro, pela imprensa amordaçada, que Santana é alvo de umdoistrês inquéritos do STF, que investigam crimes contra o meio ambiente e o patrimônio genético, crimes eleitorais e uso de documento falso.

Reprovação das contas de Pimentel:

A cobertura do jornal O Estado de Minas sobre a reprovação das contas da campanha do governador eleito Fernando Pimentel pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas Gerais, em 11 de dezembro, fez aumentar a certeza dos observadores mais atentos sobre a escandalosa interferência do PT nas redações. O fato político mais importante do dia em Minas, uma vez que Pimentel corria o risco de ter o diploma ou o mandato cassado, tendo sido multado em 50 milhões de reais por irregularidades na prestação de contas,  recebeu apenas uma minúscula, quase imperceptível, nota no pé da capa. Isso mesmo sendo manchete no Jornal Nacional.

O UAI, portal de notícia dos Diários Associados, do mesmo grupo do Estado de Minas, não chegou sequer a publicar chamada na capa do site. A TV Globo Minas também ignorou a decisão do TRE que reprovou as contas de Pimentel, mesmo com o destaque no principal jornal da emissora em nível nacional. No dia 11/12, a Globo não deu nem mesmo uma nota sobre o assunto, em seu principal telejornal local, o MGTV 2ª Edição. 

No entanto, hoje, quando o TRE-MG negou recurso do PSDB contra a diplomação de Pimentel, a manchete explode nos mesmos veículos que calaram quando os crimes eleitorais aconteceram. Sem dúvida, esta foi a campanha da mentira em Minas Gerais. Uma mentira alimentada por uma imprensa que cai na armadilha do PT e tenta provar o que nunca aconteceu: que esteve a serviço do PSDB, como os petistas mentiram ao longo dos anos. Uma mentira repetida mil vezes se transforma em verdade, já dizia o nazista Goebbels. É o que aconteceu em Minas nos últimos anos e que esta véspera do PT no poder já começa a desmanchar.

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