sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Empreiteiras investiam R$ 30 milhões mensais em festas de prostituição para amarrar negociatas da Lava Jato.


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão serrao@alertatotal.net

Mandando seus aspones dizerem que ficou "bastante satisfeita" com a aprovação do projeto que muda a meta fiscal (um verdadeiro golpe parlamentar que anistiou a Presidente da República de ter cometido um crime de responsabilidade), Dilma Rousseff cumpre nesta sexta-feira mais uma importante pauta da agenda contra a soberania do Brasil definida globalitariamente.

Na reunião dos 10 chefes de Estado da Unasul - na verdade, uma extensão do Foro de São Paulo -, Dilma ajudará a aprovar a criação de um fundo monetário que faça frente ao Banco Mundial e de uma Escola Superior de Defesa, para militares e civis, onde será desenhada a nova formação das forças armadas nos países membros. O Presidentro Lula da Silva (chefe de quê?) já esteve quarta-feira no encontro de cúpula no Equador, para balizar as linhas decisórias já definidas para o evento.

No Brasil, enquanto a economia fica estagnada pela mistura destrutiva de incompetência com corrupção, investigações oficiais e extraoficiais comprovam o crescimento do poderio do poder paralelo que assalta o dinheiro público em meganegócios que combinam interesses privados com os públicos. Membros da cúpula política brasileira têm investimentos ocultos de até R$ 1,5 bilhão. Os imóveis, fazendas, hotéis, postos de gasolina e até shoppings aparecem em nomes de empresários "laranjas". A inteligência da Receita Federal já está de olho nesses investidores que enriquecem por milagre. O esquema se ampliou com o Mensalão. O Petrolão, o Eletrolão e outros esquemas ainda desconhecidos do grande público aumentaram os ganhos. Esses novos ricos se acham inimputáveis...

Outra novidade escrota. Nos computadores apreendidos em escritórios de lobistas e das empreiteiras, foi achada uma pasta com a denominação "Senhora". A inteligência da Polícia Federal desvendou que se tratava do financiamento a um grupo de 1.500 mulheres de fino trato que ficam à disposição de políticos e empresários que fazem negociatas em comuns. Cada prostituta do esquema mafioso cobra, em média, R$ 3 mil reais por serviço de "acompanhante". O valor investido pelo "Clube VIP" das empreiteiras chegaria a R$ 30 milhões por mês, apenas neste esquema de "cafetinagem" - financiado, indiretamente, com o dinheiro roubado dos cofres públicos.

Lavanderia do PT


Todo mundo em Brasília sabe que as grandes "decisões nacionais" do mundo político são tomadas em festinhas de embalo dos mais variados estilos. Geralmente, tudo se resolve em surubas embaladas a muita droga e bebidas caríssimas. Claramente conhecido pelas autoridades policiais, esse submundo do podre poder acaba permissivamente tolerado. Acaba não sendo reprimido, por questões falso moralistas ou por um motivo tático. É um "bom negócio" infiltrar informantes. Multas prostitutas trabalham para o aparato policial ou servem aos esquemas refinados de espionagem privada. Nestes ambientes prostituídos, sabe-se de tudo e um pouco mais. 

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi obrigado a sair ontem em defesa do governo Dilma - cuja eleição foi colocada sob suspeita por "colaborações premiadas" da Operação Lava Jato, indicando, com provas, que doações para campanhas serviram para lavagem de dinheiro. Contrariando a realidade dos fatos, como é costume dos petistas, Cardozo desafiou a oposição diretamente e o Ministério Público Federal indiretamente: "Não há nenhum indicativo que a campanha de 2010 e 2014 tenha recebido recursos em situação indevida". O ministro, que sonha com a indicação para o Supremo Tribunal Federal, atirou em Aécio Neves, sem citar o nome do senador tucano: "Algumas pessoas parece que não assimilaram a derrota (nas eleições). Perderam no campo e querem ganhar no tapetão. O Brasil não quer isso. Não quer que pessoas, com inspiração revanchista ou golpista, construam verdades a partir de seus desejos".

Outro que também sonha com a vaga de "deus no STF", o Advogado-Geral da União, Luis Inácio Adams, também partiu na ofensiva verbal para defender o governo de seu partido de coração. Ele garantiu estar confiante de que a campanha petista foi cuidadosa para evitar o recebimento de dinheiro de corrupção: " Tem que terminar a investigação, ver exatamente o que aconteceu, ver se há responsabilidade, se há dolo, inclusive. Mas em princípio eu tenho confiança de que o trabalho de campanha foi o mais cuidadoso, mais atento possível às questões legais. Tinha uma equipe de campanha jurídica que procurava analisar tudo isso e evitar qualquer tipo de situação e eu acho que não vai haver qualquer problema na apuração disso aí".

Adams fez suas declarações no mesmo evento ("Seminário Internacional Ética na Gestão") do qual participou o vice-Presidente da República. O maçom inglês e comandante do PMDB, Michel Temer, também aproveitou para bater em Aécio Neves, sem citar o nome do neto do Presidente Tancredo Neves: " A concepção jurídica de oposição é para ajudar a governar. Ou seja, quando a oposição fiscaliza, critica, observa e até quando acaba concordando ela está ajudando a governar. Mas o nosso conceito é interessante no Brasil, de quem perdeu a eleição, necessariamente, tem que contrapor-se àquele que ganhou. Nos municípios, então, é uma coisa brutal: o sujeito perdeu a eleição e acha que tem que destruir aquele que foi eleito".

Aécio Neves, na tribuna do Senado, foi mais direto contra as declarações de Cardozo e Adams, advertindo que ambos faziam uma defesa prévia que deveria ser comandada por João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, que não dá explicações públicas devidas sobre as denúncias da Lava Jato: "Acho extremamente preocupante quando o ministro da Justiça, que é chefe da Polícia Federal, e o advogado-geral da União assumem um papel que deveria ser do tesoureiro do PT. Essa defesa prévia feita pelo ministro da Justiça e pelo advogado-geral mostra uma proximidade e familiaridade muito grande deles com a contabilidade do partido. E isso pode gerar problemas para eles no futuro. Não me parece adequado que eles se transformarem em advogados de um partido político".

Faltando um triz para falar em impeachment, Aécio Neves foi mais direto ainda: "Não sabemos ainda a extensão dessas denúncias, mas é um alerta que fica. Se comprovado que houve dinheiro de propina da Petrobras para pagar a campanha petista, isso é extremamente grave e o atual mandato da presidente fica sem legitimidade. O PT tem que dar explicações sobre como chegou ao poder do ponto de vista político, legal e explicar essas denúncias sobre o financiamento das campanhas".

Na aprovação do golpe fiscal no Congresso, o Brasil constatou a ineficácia do comportamento oposicionista de uma freira virgem no meio de um prostíbulo. Não basta falar, mas é preciso agir. A hegemonia da governança do crime organizado decide o jogo de cartas marcadas. O Executivo, claramente, coopta o Legislativo. A corrupção política é clara. No final das contas, a putaria vence. Se o Judiciário não tiver condições de punir tais desvios - o que não vem conseguindo, de forma eficaz, eficiente e efetiva até agora -, o País só terá salvação se acontecer uma milagrosa rebelião do Bem.

Fonte da Sujeira

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