1 - “ Foi reunida uma tropa de choque composta por senadores do PT,
assessores do partido e da Presidência da República, altos funcionários da
Petrobras, para montar um gabarito de perguntas que seriam feitas nas Comissões
instaladas no Senado e na Câmara, que eram passadas com antecedência para os
investigados, que por sua vez recebiam treinamento para respondê-las sem
cometer deslizes que pudessem configurar culpa “.
Não se trata de um ato de “gestão organizacional”
(??????????) e sim de intromissão, sub-reptícia, na CPI, de senadores do
PT, assessores do partido e da presidência da República.
As CPIs são atividades legislativas, e, neste caso, a CPI
do Senado investiga indícios de malversação de bens públicos (a Petrobras é uma
empresa pública, enquanto sociedade de economia mista da qual o governo federal
detém a maioria das ações). O caso é tão grave que no próprio Senado foi
instaurada uma investigação para apurar essa intromissão e a presidenta tentou
tirar o corpo fora desmentindo a atuação de assessores do Planalto.
2 - “ Isso, em gestão organizacional, se chama
planejamento ”.
A expressão que você usa, “ gestão organizacional ”,
mostra que gestão não é sua área de conhecimento. Não existe gestão
organizacional e sim gestão empresarial, que seria a expressão
correta em se tratando de um ato de gestão praticado dentro dos parâmetros da
ética da moral. Ao contrário, foi a ação de uma quadrilha preparando a defesa
de outra quadrilha que lesou o patrimônio público em bilhões de reais. Ademais,
mesmo que tivesse sido uma ação de gestão empresarial, não seria PLANEJAMENTO,
e, sim, nada mais do que uma dinâmica de grupo visando à preparação dos
colaboradores de uma empresa para um work shop.
Você tenta, desesperadamente, ser útil aos corruptos que
transformaram o Brasil em uma cleptocracia mas não está, pelo que se vê,
preparado, tecnicamente, para discutir questões de gestão empresarial (vide
bibliografia recomendada). É bom que saiba que o Conselho de
Administração (CA) é o órgão máximo de uma sociedade anônima de capital aberto,
como soe ser a Petrobras, organizado sob a forma de colegiado. Em sendo um
colegiado, o CA decide por consenso ou votação no tocante aos objetivos
estratégicos da empresa. Uma vez fixados esses objetivos, o CA define políticas
(política é uma orientação para a tomada de decisão) e formula diretrizes que
são baixadas à Diretoria Executiva para que esta pratique os atos
administrativos necessários à consecução dos objetivos estratégicos colimados.
A incorporação de uma empresa por uma Holding é um ato
administrativo praticado pela Diretoria Executiva em face de uma decisão
estratégica do Conselho de Administração. E pratica esse ato administrativo
consoante políticas e as diretrizes do CA, aplicáveis ao caso. Ou seja, a incorporação
é um processo vertical: a decisão vem de cima (CA) e a execução é feita pela
Diretoria Executiva sob permanente e constante fiscalização (para tanto, o CA
tem, como órgão de staff, o Conselho Fiscal). A incorporação de Pasadena
consistiu, em tese, de uma estratégia de crescimento intensivo em face da
oportunidade mercadológica (é o que se pensava, ou melhor, o que servia de
desculpa para a negociata) de desenvolvimento de produtos atuais (derivados de
petróleo) em novos mercados (USA). Especificamente, Estratégia de
Desenvolvimento de Mercado.
Somente a avidez pelo enriquecimento ilícito explica por
quê uma empresa com o know how da Petrobras e que conta com funcionários de
carreira dotados de alta competência realizou um negócio tão lesivo ao seu
patrimônio e que configura gestão empresarial (repito, é gestão empresarial, e,
não, gestão organizacional) fraudulenta e temerária. A carroça, usando uma
expressão chula, foi colocada na frente dos bois: a Diretoria Executiva da
Petrobras decidiu, invadindo prerrogativa do Conselho de Administração, pela
execução de uma estratégia de crescimento intensivo mediante a incorporação de
uma empresa petrolífera (Pasadena) sediada em um novo mercado (USA). Somente na
fase final de realização do desastroso negócio o CA da Petrobras foi
oficialmente cientificado. Mas será mesmo que a presidente do CA não sabia da
negociata ? Mais uma vez ela tentou tirar o corpo fora, arte política que
aprendeu com seu guru, o lularápio, que nada vê, nada sabe, esconde-se sempre que
um novo escândalo é denunciado (onde se meteu o lularápio durante a Copa que
ele pariu ? ...).
Pasadena é apenas a ponta visível do imenso iceberg da
corrupção institucionalizada no Brasil do petismo. A revista VEJA desta semana
trás a manchete surpreendente: ERAM MALAS E MALAS DE DINHEIRO. São
palavras que constam no Termo de Declarações prestadas por Meire Posi,
contadora do doleiro Alberto Youssef, à Superintendência da Polícia Federal do
Paraná, onde corre o inquérito policial instaurado para apurar a corrupção na
Petrobras. O montante desviado dos cofres públicos pela quadrilha de Paulo
Roberto Costa, diretor da Petrobras, nomeado por asseclas de lularápio e pessoa
da intimidade da presidentA Dilma, ultrapassa 12 bilhões de reais
!!!!!!
(...)
Cordiais saudações.
Fernando Batalha Monteiro – um cidadão indignado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário