domingo, 24 de agosto de 2014

Mar de lama e crime eleitoral.

De um lado temos Dilma Rousseff que pode ser envolvida na Operação Lava Jato, que entra em nova fase com a prometida delação premiada do diretor preso da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Afinal de contas, Dilma foi a principal responsável hierárquica pela escandalosa compra da refinaria de Pasadena, que gerou um prejuízo inicial de quase R$ 800 milhões para os cofres públicos. Até agora a presidente defendia Graça Foster para que a lama não respingasse em si mesma. Com a delação premiada, não há como segurar a enxurrada de revelações sujas que virão à tona. Não esquecer que o Paulinho, que é como Lula chamava o diretor preso da Petrobras, prometeu que se falasse não haveria eleição.

Do outro lado temos Marina Silva enredada até o pescoço no uso irregular do jato que caiu e vitimou Eduardo Campos. É uma história cheia de sombras que começa a ser relevada. E que até agora configura um flagrante crime eleitoral que pode abalar a imagem de santinha da candidata substituta. Afinal de contas, o jato sinistrado pertencia a usineiros que não possuíam status legal para alugar ou ceder o mesmo.  As restrições a transações como o empréstimo do avião de uma empresa privada aos candidatos do PSB estão previstas no artigo 23 da resolução 23.406. Pelo artigo, “bens e/ou serviços estimáveis em dinheiro doados por pessoas físicas e jurídicas devem constituir produto de seu próprio serviço, de suas atividades econômicas e, no caso dos bens permanentes, deverão integrar o patrimônio do doador”. Ou seja, uma empresa que não presta serviço aéreo não pode ceder avião para campanha eleitoral.

Por isso, se Marina aparecer na frente nas pesquisas, em função da ampla exposição midiática e do sentimento de pena que tomou conta do país, não há motivos para arrefecer a campanha para eleger Aécio Neves.  Até a segunda semana de setembro tudo terá voltado ao normal. 
Os jatos de lama sobre Dilma e Marina estão prestes a surgir nas manchetes e nos programas eleitorais. Portanto, muita calma nessa hora.

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