(...)
O julgamento dos embargos de
declaração caminhava pacificamente, até que o ministro Ricardo Lewandowski
resolveu criar questão ao analisar recurso apresentado pelo réu Bispo
Rodrigues. O presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, que é o relator da
Ação Penal 470, pediu ao colega que não perdesse tempo, pois a condenação do
Bispo Rodrigues de se deu por unanimidade.
Foi nesse exato momento que o
clima esquentou no plenário do Supremo, uma vez que Lewandowski decidiu
considerar uma lei mais branda, válida em 2006, na tentativa de beneficiar o
réu condenado. Barbosa acusou o colega de fazer chicana jurídica na análise do
tal embargo de declaração. Lewandowski, por sua vez, exigiu retratação
imediata, mas Joaquim Barbosa marcou território e disse não se retrataria e que
o ofendido ficasse à vontade para interpretar sua declaração.
Intimamente ligado ao Partido dos
Trabalhadores e em especial ao ex-presidente Lula, o ministro Ricardo
Lewandowski caiu em desgraça junto à opinião pública, em 2012, quando tentou
poupar da condenação alguns dos acusados de participação no Mensalão do PT,
como, por exemplo, o petista José Dirceu. Para completar, na última semana
surgiu a informação de que Lewandowski, como presidente do Tribunal Superior
Eleitoral, fechou os olhos ao analisar as contas da campanha de Dilma Vana Rousseff,
em 2010. ( Ucho.info.com.br)
(...)
(...)
COMENTO:
Sua excelência
Ricardo Lewandowski não me surpreendeu. Nada me surpreende em se tratando de sua excelência que, ao longo do julgamento da Ação Penal 470 ( O mensalão) tem demonstrado muito apreço pelas penas mais amenas.
Tenho certeza que, se pudessem, e obtivessem a maioria no plenário, Lewandowski, Toffoli e outros dignos ministros, interpretariam às leis, sobretudo as normas que dizem respeito ao apenamento, com uma boa dose de "bom senso" o que favoreceria, certamente, aos mensaleiros.
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