Renan Calheiros (PMDB-AL), como era esperado, foi eleito presidente do Senado, por votação secreta de seus pares.
Seus aliados, segundo demonstra Romero Jucá, estão decididos a "detonar" eventuais pedidos de investigação contra o novo presidente do Senado, utilizando a estratégia de arquivar sumariamente qualquer representação que venha a ser apresentada ao Conselho de Ética para apurar denúncia de que o peemedebista não tinha, em 2007, patrimônio suficiente para justificar os gastos com despesas pessoais decorrentes de um relacionamento extraconjugal.
A situação de Renan é comoda. Possui amplo apoio dos demais senadores. Sua vitória foi esmagadora.
A situação de Renan é comoda. Possui amplo apoio dos demais senadores. Sua vitória foi esmagadora.
Mas esta vitória traduz um compromisso corporativo maior: ele terá que agradar a maioria que lhe deu a expressiva vitória.
Não há "almoço" grátis. Eleição também não!
Por trás de sua eleição há o apoio do governo federal e o compromisso de ignorar toda e qualquer denúncia contra os governos Lula/Dilma, atolados "até o pescoço" em denúncias de corrupção, gestão temerária, incapacidade administrativa e superfaturamento de obras.
O que é uma missão nobre e árdua, sob certo ponto de vista, torna-se uma missão vergonhosa: varrer para baixo do tapete a sujeira impregnada nos Governos petistas.
Inteligente, sagaz, hábil negociador de bastidores, Renan tem seu lado mesquinho também.
É comentário corrente no meio político, em Alagoas, que rompido com o governador tucano Teo Vilela -outrora seu inseparável companheiro político- Renan tem atrapalhado a administração e os objetivos políticos do governador, ombreando-se a Collor na tarefa de dificultar investimentos e verbas públicas para o Estado de Alagoas, prejudicando assim, inclusive, seus próprios eleitores.
Esse lado mesquinho, dizem, é mascarado pelo poder das empresas de comunicação que ele e Collor possuem e utilizam para fins eleitoreiros.
Alagoas, que elegeu Renan, é um dos Estados mais pobres e carentes do país, e tem um grande numero e obras federais de infraestrutura estagnadas.
O povo alagoano agora espera que o senador, eleito presidente do Senado, mostre-se e aja em favor de seu Estado desfazendo esse seu suposto "lado mesquinho" para que, ao ascender a um cargo tão importante da República, não se apequene ao deixar-se levar pelas ações politiqueiras não comuns a políticos de sua estirpe.
Boa sorte senador!
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